Donald Trump qualifica ataque do Irão como "muito fraco"
24 de junho de 2025
A 13 de junho, Israel apertou o gatilho e atacou Teerão, capital do Irão, com o objetivo de eliminar as instalações nucleares e militares do país iraniano. Horas depois, o Irão retaliou e atacou Tel-Aviv, capital de Israel.
No último domingo (22.06), os EUA entraram em cena e também atacaram o Irão, com o mesmo propósito de Israel: abater o programa nuclear iraniano.
O Irão, pela voz do seu embaixador nas Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, prometeu retaliar, sem aviso prévio: "O momento, a natureza e a escala da resposta proporcional do Irão serão decididos pelas suas forças armadas".
E Iravani destacou que "ao longo da história, a resiliente e unida Nação iraniana resistiu a feridas mais profundas (sic) e enfrentou inimigos mais cruéis. E, desta vez, mostrará ao mundo a sua dignidade, força e grandeza".
A resposta de Teerão
Ora, o ripostar ao EUA aconteceu pouco mais de 24 horas depois. O Irão reivindicou um ataque esta terça-feira (24.06) contra a base de Al-Udeid no Qatar nesta segunda-feira (23.06), uma das principais instalações militares norte-americanas no Médio Oriente. O ataque aconteceu pouco depois de as autoridades de Doha terem encerrado o espaço aéreo do país.
O anúncio da televisão estatal iraniana, foi feito pelo porta-voz da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão, Coronel Iman Tajik: "A base terrorista dos EUA em Al Udeid, no Qatar, foi alvo de um poderoso e destrutivo ataque com mísseis".
Tajik explica que "a base serve como sede do Comando da Força Aérea dos EUA e é o maior ativo estratégico das forças armadas terroristas dos EUA na Ásia Ocidental."
A mensagem subjacente a esta ação decisiva dos filhos da Nação nas forças armadas é clara e direta para a Casa Branca e os seus aliados: "A República Islâmica do Irão, confiando em Deus Todo-Poderoso e no povo fiel e orgulhoso do Irão, não deixará, em circunstância alguma, sem resposta qualquer agressão contra a sua integridade territorial, soberania ou segurança nacional."
O Conselho de Segurança Nacional iraniano indicou que o número de mísseis utilizados "foi o mesmo que o número de bombas que os Estados Unidos utilizaram para atacar as instalações nucleares iranianas".
Trump irónico
Já o Catar informou que as defesas aéreas intercetaram com êxito um ataque com mísseis à base aérea de Al-Udeid, indicou o Ministério da Defesa do Qatar, acrescentando que "o incidente não causou mortos nem feridos".
Pouco tempo depois, Donald Trump, oPresidente dos EUA, Donald Trump, recorreu à rede social Truth Social para agradecer ao Irão por ter avisado antecipadamente do ataque "muito fraco" que fez a uma base militar dos Estados Unidos no Qatar.
Ainda durante esta noite, o Presidente norte-americano voltou à mesma rede social e publicou uma mensagem que chocou, pela positiva: Trump anunciou que o Irão e Israel haviam acordado um cessar fogo completo e total, que iria entrar em vigor já nesta terça-feira (24.06), após os dois paises acalmarem e terminarem as missões finais em curso.
Ora, a esperança é a última a morrer, mas por vezes, a primeira a desvanecer: horas depois do anuncio de Trump, o Irão negou qualquer acordo com Israel. Na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, afirmou que Teerão irá por termo a ataques caso Israel termine esta agressão que apelida de ilegal.