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PolíticaEstados Unidos

Donald Trump vence eleições presidenciais dos Estados Unidos

DW (Deutsche Welle) | com agências
6 de novembro de 2024

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, venceu as eleições presidenciais norte-americanas, tornando-se o 47.º Presidente dos Estados Unidos, apontam projeções da AP, Fox News e CNN.

Donald Trump, num discurso em West Palm Beach, na Florida, após ser declarado vencedor na Pensilvânia
Donald Trump fala em vitória "nunca antes vista"Foto: Brendan McDermid/REUTERS

"Trump eleito 47.º Presidente", escreve o canal Fox News, próximo dos conservadores, após atribuir a vitória das eleições norte-americanas ao antigo Presidente (2016-2020) na Pensilvânia e Wisconsin, dois estados decisivos na corrida à Casa Branca. 

A Fox contabilizava 277 votos eleitorais, acima dos 270 'grandes eleitores' no Colégio Eleitoral necessários para assegurar a vitória, e atribuía 226 votos à candidata democrata e vice-presidente cessante, quando ainda não estavam fechadas as contagens. 

A CNN, Associated Press e outros meios de comunicação confirmaram a vitória depois de atribuírem a Trump a vitória no estado do Wisconsin e confirmarem a conquista de 277 votos. 

"O país precisa de se sarar, o nosso país precisa muito de ajuda", declarou Donald Trump, num discurso em Palm Beach, no estado da Florida, em que reivindicou "uma vitória política jamais vista no país". 

Falando perante apoiantes, prometeu que o seu mandato será "a idade de ouro" dos EUA. "Também temos o voto popular. Foi muito simpático vencer o voto popular, um grande sentimento de amor", disse, aludindo ao resultado do voto dos cidadãos, superior a 68 milhões, contra 63 milhões para Kamala Harris. 

Donald Trump afirmou que a América garantiu "um mandato sem precedentes e poderoso". 

"Recuperámos o controlo do Senado (...) Temos um grande grupo de senadores", sublinhou, após os republicanos terem recuperado a liderança da câmara alta do Congresso, declarou. 

"E também parece que vamos manter a liderança da Câmara de Representantes", acrescentou, perante os aplausos dos apoiantes.  

"Vamos recordar este dia como aquele em que o povo americano recuperou o controlo do seu país", referiu ainda. 

Republicanos recuperam controlo do Senado

Os republicanos recuperaram o controlo do Senado dos EUA, ao conquistar 51 lugares, numa eleição em que um terço dos 100 senadores foi a votos, em simultâneo com as presidenciais, segundo a imprensa norte-americana. Estavam em jogo 34 dos 100 lugares no Senado norte-americano, onde se confirmam os altos cargos do Governo e dos juízes do Supremo Tribunal Federal. 

Até agora havia 51 democratas na câmara alta do Congresso dos Estados Unidos, mas o partido perdeu dois lugares. 

Após a renúncia de Joe Manchin na Virgínia Ocidental, esse lugar foi recuperado pelo republicano Jim Justice, governador do estado, segundo projeções da agência Associated Press e dos canais ABC, CNN e CBS. No mesmo sentido, o candidato republicano pelo estado do Ohio, Bernie Moreno, arrebatou um lugar ao Partido Democrata, vencendo as eleições sobre Sherrod Brown, que procurava a reeleição nas urnas, de acordo com a imprensa norte-americana.

O senador independente Bernie Sanders, símbolo do movimento progressista nos Estados Unidos, foi reeleito para um quarto mandato pelo estado de Vermont. Sanders, de 83 anos, membro orgânico do Partido Democrata há anos e seu aliado em muitas questões legislativas, derrotou o republicano Gerald Malloy e renovou o seu assento na câmara alta por mais seis anos. 

Também a antiga candidata presidencial (2020) Elizabeth Warren foi reeleita, pelo Ohio. Warren apresentou-se como uma defensora de uma classe média em apuros e é uma crítica dos regulamentos que beneficiam os ricos.  

O senador republicano do Texas, Ted Cruz, foi reeleito, depois de superar uma corrida agressiva com o seu rival democrata, Colin Allred, e conseguiu assim manter o seu lugar no Senado, que ocupa desde 2013, segundo as projeções dos principais meios de comunicação social norte-americanos.  

Estreias no Senado

Se alguns rostos se repetem, esta eleição para o Senado fica também marcada por algumas estreias. 

O democrata Andy Kim, 42 anos, tornou-se o primeiro coreano-americano a chegar ao Senado, pelo estado de New Jersey, ao derrotar o empresário republicano Curtis Bashaw para o lugar que ficou vago quando Bob Menendez se demitiu este ano após a sua condenação federal por acusações de suborno. 

À lupa: Como lidará Trump ou Harris com Israel e Gaza?

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Numa entrevista recente, o eleito disse que essa conquista validaria a decisão dos seus pais, há 50 anos, de imigrar para os Estados Unidos.  

Outra novidade na formação do Senado é a presença, em simultâneo, de duas mulheres negras, após a vitória de Angela Alsobrooks no Maryland e de Lisa Blunt Rochester no Delaware - ambas são democratas. 

Até agora, três mulheres negras passaram pelo Senado: além da candidata democrata à Casa Branca e vice-presidente, Kamala Harris, também Carol Moseley Braun (Illinois) e Laphonza Butler (Califórnia). 

Já a câmara baixa do Congresso, a Câmara dos Representantes, contará pela primeira vez com uma pessoa trangénero, após a eleição da democrata Sarah McBride (Delaware), que derrotou o candidato republicano John Whalen III, segundo projeções da NBC News. 

Cerca de 240 milhões de pessoas votaram nas eleições desta terça-feira, elegendo o 47.º Presidente da história dos Estados Unidos. Mais de 82 milhões de eleitores escolheram votar antecipadamente. 

Apesar de os eleitores irem às urnas, o Presidente é escolhido por sufrágio indireto, uma vez que o voto dos norte-americanos vai para um Colégio Eleitoral, constituído por 538 "grandes eleitores", representativos dos 50 estados norte-americanos.

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