Egito condena 28 à morte pelo assassinato de procurador
EFE | Reuters | AFP | tms
22 de julho de 2017
Hisham Barakat foi vítima de um atentando com carro-bomba em 2015. Egito culpa grupos radicais islâmicos.
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O Tribunal Penal do Cairo condenou 28 pessoas à pena de morte este sábado (22.07) pelo assassinato do procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, em meados de 2015. O tribunal também condenou outros 38 acusados no mesmo caso a penas que variam de 10 anos até a prisão perpétua, disseram as autoridades.
Hisham Barakat foi morto num atentado com carro-bomba, que também atingiu vários seguranças do procurador-geral e civis. As autoridades egípcias culpam a Irmandade Muçulmana e os militantes do Hamas, com sede em Gaza. Ambos os grupos negaram ter envolvimento na morte do procurador-geral.
No mês passado, a Justiça remeteu as sentenças de 30 pessoas ao mufti egípcio para que se pronunciasse e este sábado o tribunal condenou à morte 28 delas após a decisão da autoridade religiosa.
Segundo a fonte da agência de notícia EFE, esta decisão não é definitiva já que pode ser apelada.
Defesa critica decisão
"Os vereditos foram chocantes hoje", disse um dos advogados de defesa, Ahmed Saad, em declaração à agência Reuters. "Outros que não tiveram nada a ver com o assassinato do mártir Hisham Barakat receberam sentenças de prisão perpétua. Eles não tiveram nada a ver com o incidente".
A agência de notícias estatal "Mena" assegurou que os acusados foram condenados também por terem algum tipo de vínculo com o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, já que supostamente realizariam "atentados terroristas" no Egito.
Barakat, de 65 anos, tinha sido nomeado para o posto em julho de 2013, após a derrocada militar do presidente Mohamed Mursi, e indiciou milhares de islamitas em seus dois anos no cargo.
Estado Islâmico destrói Património Mundial
Palmira foi em tempos uma cidade próspera no meio do deserto. Mas a ira dos extremistas do Estado Islâmico deixou-a em ruínas. Outros patrimónios da humanidade tiveram um destino parecido: por exemplo Tombuctu, no Mali.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Antes e depois dos radicais
Resta pouco da antiga cidade-oásis de Palmira, Património da Humanidade: as termas, as avenidas de colunas e os templos majestosos foram destruídos. Em 2015, os extremistas do Estado Islâmico deitaram abaixo o templo de Baal. O fotógrafo libanês Joseph Eid mostra uma fotografia de 2014 em frente às ruínas - as imagens de Eid estão em exposição no Museu Kestner, em Hanover, no norte da Alemanha.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eid
Destroços por todo o lado
Outras zonas de Palmira também foram destruídas pelos radicais do Estado Islâmico, que saquearam a cidade. Estas fotografias foram tiradas em março de 2016. Por enquanto, ainda não se fala em reconstruir Palmira.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Militares protegem Palmira
As tropas governamentais sírias reconquistaram Palmira. E, diariamente, desde março de 2017, militares patrulham as ruínas da cidade contra novos ataques dos radicais do Estado Islâmico. A imagem mostra os destroços do antigo Arco do Triunfo, que foi destruído quase por completo.
Foto: REUTERS/O. Sanadiki
Tombuctu, no Mali
Estes minaretes de argila, típicos do Mali, foram destruídos pelos extremistas do Estado Islâmico em 2012. Entretanto, foram reconstruídos à imagem dos antigos edifícios históricos. O Tribunal Penal Internacional, em Haia, instaurou um processo contra um extremista devido à destruição do Património Mundial.
Foto: picture-alliance/dpa/E.Schneider
Mar Elian, na Síria
O antigo mosteiro de Mar Elian, construído por cristãos a sudeste da cidade de Homs, foi em tempos um edifício magnífico, reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade. Mas militantes do Estado Islâmico também destruíram o mosteiro.
Foto: picture-alliance/dpa/Islamischer Staat
Destruição e propaganda
Não é possível verificar integralmente a autenticidade desta cena. Esta é uma imagem retirada de um vídeo propagandístico do Estado Islâmico, que mostra alegadamente os muros do mosteiro de Mar Elian a serem destruídos por bulldozers. Entretanto, militares sírios reconquistaram a cidade de al-Qaryatain e o mosteiro deverá ser reconstruído.
Foto: picture-alliance/dpa
Hatra, no Iraque
No início de 2015, extremistas do Estado Islâmico também destruíram algumas zonas da antiga cidade de Hatra, ex-capital do primeiro reino árabe - a fotografia mostra a cidade antes do ataque. Também foram destruídas estátuas milenares da época dos assírios em Mosul, no norte do Iraque, e na antiga cidade de Nínive. A cidade histórica de Nimrud terá sido demolida com bulldozers.
Foto: picture-alliance/N. Tondini/Robert Harding
Bamiyan-Tal, destruída pelos talibãs
Em 2001, os talibãs, do Afeganistão, destruíram estátuas do Buda de Bamiyan, que foram esculpidas em arenito vermelho no século VI. Só ficaram as covas onde elas estavam. Agora, as estátuas de 50 metros estão a ser reconstruídas com impressoras 3D.