A tumba de um ourives real foi descoberta em Luxor, no sul do país, segundo as autoridades egípcias. Este é o último de uma série de anúncios que ajudam a impulsionar a turbulenta indústria turística.
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O Governo egípcio anunciou este sábado (09.09) que um túmulo faraônico com mais de 3.500 anos foi descoberto na cidade de Luxor, no sul do país. A descoberta data do Império Novo (séculos XVI a XI a.c.).
O túmulo é de um ourives real que viveu durante o reinado da 18ª dinastia. O sítio foi encontrado na necrópole de Dra Abul Naga, na margem oeste do rio Nilo, em um cemitério famoso por seus templos - onde nobres e altos funcionários do Governo foram enterrados.
O ministro das Antiguidades, Khaled El-Anany, disse que a tumba estava em estado de apodrecimento, mas contém uma estátua do ourives e sua esposa, bem como uma máscara funerária. Ele disse ainda que um eixo do túmulo continha múmias pertencentes a antigos egípcios que viveram durante as 21ª e 22ª dinastias.
A tumba do ourives Amnemhat continha uma escultura de acordo com o ministério. Um retrato de seu filho foi pintado entre ele e suas esposa.
Outro eixo levou a uma câmara onde pesquisadores encontraram as múmias de uma mulher e seus dois filhos.
A mulher teria morrido aos 50 anos e os testes mostraram que ela sofria de uma doença óssea bacteriana, disse o ministério citando o especialista Sherine Ahmed Shawqi.
A equipe também descobriu 150 pequenas estátuas funerárias esculpidas em madeira, argila e pedra calcária.
Outras descobertas
O Egito anunciou recentemente outras descobertas. Em abril, os arqueólogos descobriram várias múmias, sarcófagos de madeira coloridos e mais de mil estátuas funerárias perto da cidade de Luxor. Em março, varreduras de radar do túmulo do sepulcro do Rei Tutancámon mostraram duas prováveis câmaras escondidas, provocando especulações de que, talvez, os restos da rainha Nefertiti possam ter sido finalmente encontrados.
Arqueólogos egípcios descobriram o túmulo, e a fanfarra em torno do anúncio foi usada para impulsionar a indústria de turismo que se recupera lentamente, uma importante fonte de renda nacional.
A indústria tem lutado desde a revolta pró-democracia em 2011 contra o então ditador do país, Hosni Mubarak.
Arte a partir do lixo
São peças únicas, amigas do meio ambiente. Designers do Quénia apostam no "upcycling" e reutilizam ou reciclam lixo para criar roupa, esculturas e jóias.
Foto: Isabella Bauer
Moda amiga do ambiente
Londres - Paris - Nairobi. A capital do Quénia ganha fama entre as métropoles da moda e design. Além de originais, muitas criações também são amigas do ambiente. É a nova moda do "upcycling" - lixo e produtos inutilizados ganham novas formas. Na Europa dos produtos descartáveis, o "upcycling" não tem tido muito sucesso. Mas, em África, faz parte do quotidiano.
Foto: Mia Collis
Reciclar para a passarela
"Second Life" é uma coleção de Nike Gilager Kondakis feita a partir de roupa usada. A roupa é importada às toneladas da Europa - por isso se produz cada vez menos tecidos e coros no leste de África. Kondakis manda coser as roupas doadas, cortadas em tiras, para fazer novas peças - boleros ou camisas, por exemplo.
Foto: Mia Collis
Cacos reaproveitados
Na era do plástico, há cacos com fartura no Quénia. Kitengela, uma aldeia de artistas a sul de Nairobi, recebe toneladas de cacos, que são partidos e fundidos em fornos. A artista alemã Nani Crozi e outras 40 pessoas produzem aqui vidros artesanais.
Foto: Isabella Bauer
Bijutaria colorida
Os artistas de Kitengela são conhecidos pela sua bijutaria de vidro - estas pérolas são peças únicas feitas à mão, muito procuradas por designers de moda na região. Os artistas também aceitam pedidos exclusivos. As pérolas são vendidas assim ou são aproveitadas para outras obras.
Foto: Isabella Bauer
Reciclar em vez de deitar fora
Kibe Patrick vive e trabalha há quatro anos na comunidade de artistas de Kitengela. "Sempre reciclei objetos de forma artística", diz. Agora, além de reciclar latas, Kibe Patrick ajuda também a fazer as pérolas de vidro.
Foto: Isabella Bauer
Arte sustentável
Kibe Patrick ganha dinheiro com estas obras, amigas do ambiente. No continente, não costuma haver reciclagem de plástico, vidro e metal a nível industrial. Mas a verdade é que, quando se trabalha com materiais que já existem, gasta-se menos energia e emitem-se menos gases nocivos ao meio ambiente.
Foto: Isabella Bauer
Jóias feito de lixo
A designer de jóias Marie Rose Iberli também usa pérolas de vidro de Kitengela nas suas coleções. Além disso, produz bijutaria a partir de papel, ossos, cornos e alumínio. "Como designer, fascinam-me os limites naturais dos materiais", diz. Para Iberli, são materiais mais interessantes do que, por exemplo, o plástico - que permite fazer quase tudo.
Foto: Isabella Bauer
Dos materiais à ideia
Reciclar ou reutilizar os materiais? Iberli diz que não tem preferências. A exceção é, talvez, o alumínio: A designer faz bijutaria de alta qualidade a partir de peças de motores velhos. Muitas vezes, inspira-se nos próprios materiais para fazer as jóias.
Foto: Isabella Bauer
Tradição e moda
Iberli gosta da ideia de poder apanhar coisas do chão e dar-lhes um outro uso. A arte de Kitengela une a tradição e a moda e desperta o interesse de muitos clientes - incluindo na Europa.