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Autoridades tradicionais angolanas no Parlamento

Lusa
28 de maio de 2022

Rei da Baixa de Kassanje defende que autoridades tradicionais angolanas tenham representação na Assembleia Nacional, para que as preocupações da população sejam levadas ao Governo.

Angola | Parlamentssitzung in Luanda
O Parlamento angolano (foto de arquivo).Foto: Borralho Ndomba/DW

Segundo o Rei da Baixa de Kassanje é preciso que os governantes do país deixem os seus gabinetes e vão ao encontro do povo para conhecerem os seus problemas.

Dianhenga Kulaxingo falava à imprensa à margem do 1.º Congresso da Nação: "Pensar Angola, por um Projeto Comum de Consenso", iniciativa da sociedade civil angolana.

O soberano considerou boa a iniciativa realizada pela sociedade civil, mas defende que é preciso propor ao Governo a criação de uma câmara das autoridades tradicionais, que deverá englobar toda a sociedade civil, incluindo as igrejas.

"Temos que escrever para o Governo"

"Estamos a falar entre nós, em particular, não estamos a falar com o Governo, temos que escrever para o Governo e dizer o que achamos que não está certo", frisou.

"Isto é uma boa iniciativa, mas não vai surtir efeito, porque é a mesma coisa que diz o próprio MPLA [Movimento Popular de Libertação de Angola, partido no poder] que os cães ladram e a caravana passa, nós devemos é bater a porta", acrescentou.

Angola vai realizar as suas quintas eleições gerais em agosto deste ano (foto de arquivo).Foto: Getty Images/AFP/M. Longari

Dianhenga Kulaxingo realçou que o povo "já não está surdo, já não está cego" e vai analisar quem tem melhores propostas de desenvolvimento, lamentando que as autoridades tradicionais são apenas lembradas na altura das eleições.

Autoridades tradicionais

Para o rei, o problema de Angola vai acabar apenas quando as autoridades tradicionais forem incluídas na Assembleia Nacional, "porque são as autoridades tradicionais que vão puxar as orelhas aos seus filhos que são governantes".

De acordo com o rei, nesta altura todos os partidos políticos se digladiam para realizar comícios nos municípios, nas províncias.

"Vão atrás de quem? De nós, porque somos nós que temos o povo. E porque é que somos excluídos em certos atos que são importantes?", questionou.

Angola vai realizar as suas quintas eleições gerais em agosto deste ano, estando a decorrer a preparação do processo eleitoral.

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