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DSP pede "mobilização", Madem-G15 "primeiro-ministro sério"

Lusa | tm
3 de junho de 2023

Às vésperas das legislativas guineenses deste domingo, Domingos Simões Pereira pede maior "mobilização" aos guineenses. Já o candidato do Madem-G15, Braima Camará, disse que o povo quer um "primeiro-ministro sério".

Portugal | Buchvorstellung von Domingos Simoes Pereira
Foto: Jao Carlos/DW

O líder da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, pediu nesta sexta-feira (03.06), no último dia de campanha eleitoral, a maior "mobilização" e "determinação" aos guineenses e lamentou comportamentos que não fazem parte do jogo das eleições legislativas.

"O que se exige de todos os guineenses é maior mobilização e maior determinação. Nós temos tradição na Guiné de que as eleições são de facto uma festa da democracia, mas quando as partes, os participantes sabem respeitar a divisão", afirmou Domingos Simões Pereira.

O líder da PAI -Terra Ranka falava momentos antes do início do comício da coligação que encerrou a campanha eleitoral de 21 dias para as legislativas de domingo e que juntou milhares de pessoas no campo Rádio, no Bairro Militar.

"Desta vez, nós tivemos intervenções que não são corretas, não fazem parte deste jogo, o Presidente da República não é chamado a uma eleição legislativa e quando decide entrar e da forma como entrou está a tentar adulterar as regras do jogo e o povo tem de saber responder a isso", afirmou Domingos Simões Pereira, com dezenas de apoiantes femininas a gritar o seu nome.

O também líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) referia-se às várias intervenções do chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, durante a campanha eleitoral, incluindo que não o irá nomear primeiro-ministro caso vença as legislativas.

O candidato do Madem-G15 às eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau, Braima Camará, manifestou-se confiante de que vai ter maioriaFoto: Braima Darame/DW

Madem-G15: "Um primeiro-ministro sério" 

Já o candidato do Madem-G15 às eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau, Braima Camará, manifestou-se confiante de que vai ter maioria absoluta porque o povo "provou que quer a mudança" e um "primeiro-ministro sério".

Em declarações aos jornalistas à margem do comício de encerramento da campanha eleitoral, no Espaço Verde, junto à avenida que liga o aeroporto ao centro de Bissau, o coordenador nacional do Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15) afirmou que "o povo quer a estabilidade, quer a paz" e "um Governo sério, um Governo do povo para o povo".

Braima Camará fez um balanço da campanha "acima de todas as expetativas", referindo que "é a hora da Guiné-Bissau, chegou a hora, a hora da mudança para Kumpu Guiné [compor a Guiné]", recorrendo ao 'slogan' usado na campanha - "Hora Tchiga - Kumpu Guiné".

Questionado sobre se está confiante nos resultados, o candidato a primeiro-ministro manifestou-se "confiante, convicto, firme e determinado" e que "não há dúvida nenhuma" de que vai ter maioria absoluta, acrescentando: "É a razão da nossa luta."

"Estas eleições não vão resolver as fontes de conflitos"

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Ministros 

Em cima do palco estavam vários ministros, nomeadamente dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, das Obras Públicas, Fidelis Forbes, do Ambiente, Viriato Cassamá, do Turismo, Fernando Vaz e da Mulher, Família e Solidariedade Social, Conceição Évora.

Ao lado do candidato estavam o ex-Presidente José Mário Vaz, que se filiou no Madem-G15 em setembro do ano passado, e o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e no ecrã principal passavam imagens de Braima Camará ao lado do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que foi acusado pela oposição de interferência na campanha eleitoral a favor do Madem-G15, partido que ajudou a fundar.

Cerca de 900 mil eleitores votam domingo para a escolha do próximo parlamento e consequentemente do Governo, com 20 partidos e duas coligações na corrida eleitoral. 

O Madem-G15, atualmente no Governo é um dos principais partidos a disputar as sétimas legislativas guineenses desde a abertura ao multipartidarismo, em 1994.

Estas eleições vão resolver os problemas dos guineenses?

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