1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Observadores eleitorais ainda por credenciar

Amós Fernando (Tete)
14 de outubro de 2019

Moçambique vai a votos nesta terça-feira (15.10.) mas alguns observadores ainda não foram credenciados. As autoridades de administração eleitoral (STAE) garantem que todas as mesas de votação abrirão às sete horas.

Mosambik Wahlen Ussumane Cassamo
Ussumane Cassamo, presidente da CNE na provincia de TeteFoto: DW/Z. Amos

É já nesta terça-feira (15.10.) que os moçambicanos vão escolher pela sexta vez, o Presidente da República e os 250 deputados do Parlamento, 794 membros das assembleias provinciais e pela primeira vez 10 governadores provinciais.

A menos de 24 horas da votação, na província central de Tete mais de 500 observadores eleitorais, indicados pela Igreja Católica de Tete, ainda não estão credenciados.

O presidente da Comissão Provincial de Eleições de Tete, Ussumane Cassamo, diz que a demora na acreditação se deve à falta de capacidade de emissão das credencias pelos órgãos eleitorais na província.

Elton Laissone da Comissão Diocesana da Justiça e Paz em TeteFoto: DW/Z. Amos

O STAE ainda não deu resposta

Em declarações à DW África, Elton Laissone, que é presidente da Comissão Diocesana da Justiça e Paz em Tete, uma organização da sociedade civil pertencente à Igreja Católica, afirma que "recebemos 115 credenciais dos 698 que solicitamos e já havíamos pressionado [o STAE] neste sentido, mas sem resposta positiva”, queixa-se Laissone.

Elton Laissone acrescentou que a sua agremiação corre contra o tempo e destaca que a esperança vai se complicando tendo em conta o tempo que falta para a realização das eleições.

"Das credenciais que ainda nos faltam por receber temos aquelas que terão de ir aos distritos de Zumbo [cerca de 500 km da cidade de Tete], Marara, Chifunde e Mutarara, e nós sabemos o quanto Tete é complicado em termos de distâncias”, frisou Laissone.

Credenciamento fora do tempoO presidente da Comissão Provincial de Eleições de Tete, Ussumane Cassamo, diz que a demora de credenciamento se deve à falta de capacidade de emissão dos documentos.

Eleições em Moçambique: Falhas no credenciamento de observadores

This browser does not support the audio element.

Mas não só, acusa alguns observadores de terem "submetido tarde os seus pedidos de credenciamento, facto que está a complicar os órgãos eleitorais, que estão a ter muitas dificuldades de dar vazão às solicitações”, disse Cassamo.

A CNE em Tete lamenta ainda que desde a última sexta-feira (11.10.) até esta segunda-feira, (14.10.), "existe uma grande preocupação das organizações de observadores e isso naturalmente pode complicar”.

Para já, Elton Laissone nega que o pedido da sua agremiação tenha dado entrada tarde aos órgãos eleitorais. "Não atrasamos a submeter os pedidos das credenciais, mas tivemos situações de atrasos dos órgãos eleitorais", observa Laissone.

Queixas do MDM O Movimento Democrático de Moçambique, MDM, acusa os órgãos eleitorais de Moatize de estarem a impedir a substituição dos MMVs, (Membros das Mesas de Assembleias de Voto), pelos partidos políticos, segundo o cabeça de lista do partido, Carlos Monteiro. "Nós como partido político estamos muito frustrados por esta posição, porque são eles MMVs que nos representam nas mesas de assembleia de voto”, lamenta.

Carlos Monteiro do MDM frustrado com o STAE em MoatizeFoto: DW/Z. Amos

A DW tentou obter uma reação do STAE distrital de Moatize, mas sem sucesso. Para as eleições desta terça-feira, estão inscritos cerca de 1.1 milhão de eleitores em toda a província de Tete, onde serão instalados mais de mil postos de votação, onde funcionarão cerca de 1900 mesas de voto.

As autoridades de administração eleitoral em Tete garantem que todas as mesas de votação abrirão as sete horas. Três foram mobilizados para a alocação dos membros das mesas de votação e os respectivos kits, nas regiões de difícil acesso.

 

Saltar a secção Mais sobre este tema

Mais sobre este tema

Ver mais artigos
Saltar a secção Manchete

Manchete

Saltar a secção Mais artigos e reportagens da DW