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Inhambane: As velhas promessas dos candidatos a governador

18 de setembro de 2019

Na província do sul de Moçambique, candidatos a governador dizem que vão melhorar as estradas, construir mais escolas e combater a corrupção. Mas cidadãos e analistas lembram aos políticos que não basta fazer promessas.

Daniel Chapo, cabeça-de-lista da FRELIMO, caçando voto dos vendedores num mercado em InhambaneFoto: DW/L. da Conceição

Nesta campanha eleitoral em Moçambique, multiplicam-se as promessas dos candidatos a governador na província de Inhambane, sul do país. Daniel Chapo, atual governador da província de Inhambane e cabeça-de-lista da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), tem andado de porta em porta e em comícios populares e renovado promessas antigas, que não foram cumpridas. Chapo assegura, no entanto, que, se for eleito, muitas coisas vão mudar.

Inhambane: As velhas promessas dos candidatos a governador

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"A estrada de Massinga a Funhalouro vai ser uma das nossas grandes prioridades neste próximo quinquénio, além de um hospital em Funhalouro. Também queremos continuar a abrir mais furos de água, e, nos próximos anos, as nossas crianças vão estudar da primeira até à décima classe gratuitamente", afirmou.

Daniel Machamale, candidato da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) para o cargo de governador em Inhambane, tem feito campanha em língua local para tentar chegar a mais pessoas e conseguir mais votos nas eleições gerais de 15 de outubro.

Marcelino José Marrengula, cabeça-de-lista do MDM em InhambaneFoto: DW/L. da Conceição

Na semana passada, a sede do partido na cidade de Maxixe foi assaltada por desconhecidos, que levaram material de campanha e um computador. Mas, para o cabeça-de-lista do partido, a caça ao voto continua, também com várias promessas. Machamale promete criar mais empregos, melhorar as condições de vida da população e acabar com a corrupção.

"Votar na RENAMO é para melhorar as condições de vida, construir mais escolas, hospitais, vias de acesso, acabar com a corrupção, pobreza e garantir mais emprego para os jovens e mulheres vulneráveis", disse Daniel Machamale.

Só promessas não chegam

O combate à corrupção é também uma prioridade para Marcelino José Marrengula, o cabeça-de-lista do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) ao cargo de governador de Inhambane. Marrengula promete que, se for eleito, haverá "tolerância zero" às cobranças ilícitas nas escolas e nos hospitais.

"Quando vão à escola, são cobrados de dois a três blocos para construção das escolas. Também nos hospitais, em vez de ser atendido como doentes, alguns são chamados para fazerem machambas para poder conseguir medicamentos", afirma.

Daniel Machamale, cabeça-de-lista da RENAMO em InhambaneFoto: DW/L. da Conceição

Mas os cidadãos avisam que só fazer promessas não chega. Laurindo Garrine, residente no distrito de Massinga, diz que é preciso passar das palavras às ações. "É preciso construir mais estradas e escolas, porque estamos mal e estamos a sofrer aqui", sublinha.

O analista político Tufane Abibo também entende que os políticos devem cumprir com o prometido. "Quem ganhar deve fazer aquilo que promete, porque não basta melhorar o discurso bonito para, no fim, isso não acontecer. Espero que haja um compromisso para com o povo em relação ao que estão neste momento a prometer, por exemplo, na área das estradas, saúde e educação", diz.

Nas eleições de 2014, a FRELIMO ficou à frente na província de Inhambane, com 76% dos votos, contra 20% da RENAMO e 4% do MDM.

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