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Eleições em Moçambique: Oposição faz campanha sem material

28 de agosto de 2024

FRELIMO já encheu paredes com cartazes do seu candidato à Presidência, mas partidos da oposição estão mais atrasados. RENAMO e MDM em Inhambane ainda não receberem material. PODEMOS nem sequer começou a caça ao voto.

Cartazes de campanha da FRELIMO para as eleições gerais de 09 de outubro
Os cartazes da FRELIMO são muitos, já os partidos da oposição estão a ter dificuldades em conseguir recursos financeiros e materiaisFoto: Alfredo Zuninga/AFP/Getty Images

A campanha eleitoral em Moçambique arrancou no sábado passado (24.08), mas vários partidos políticos da oposição estão a ter dificuldades em dar visibilidade aos seus símbolos e candidatos à Presidência da República.

Nelson Almeida, delegado do partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em Inhambane, disse à DW que ainda não receberam o material de campanha porque o contentor ficou retido no porto de Maputo.

"Estou à espera do camião. Só hoje é que carregou para trazer o material para a zona norte", lamenta o político.

O MDM está a utilizar material que sobrou das eleições autárquicas e não tem cartazes com a cara do candidato apoiado pelo partido na corrida à Presidência da República, Lutero Simango.

Dinheiro demorou a chegar

Hélder Malaune, secretário provincial do Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) em Inhambane, explica à DW que, por causa do atraso na chegada do material, só deverão começar a campanha esta sexta-feira, 30 de agosto.

"Estamos à espera do material e da logística, que ainda não saiu da sede em Maputo", afirma.

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24:05

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Carlos Maela, delegado provincial da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) em Inhambane, refere que o problema é que os fundos para a campanha disponibilizados pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) chegaram tardiamente.

Têm estado a fazer campanha nas ruas com o pouco material que conseguiram: "Como chegou tarde, e ainda foi necessário produzir o material, estamos a utilizar o que nos mandaram no primeiro lote", revela Maela.

Nas ruas e avenidas das cidades e vilas da província, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder) é o partido com maior visibilidade.

Para Almeu Chau, primeiro secretário desta formação política em Maxixe, a campanha decorre sem dificuldades de material. Sendo assim, o partido está mais centrado em difundir o manifesto eleitoral.

"O partido FRELIMO está a fazer de tudo para que a população de Bembe e mais outras populações do nosso distrito tenham melhores condições de vida, o que se quer é paciência", afirmou durante uma ação de campanha.

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