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Moçambique: Vitória histórica da FRELIMO na Zambézia

21 de outubro de 2019

Estas foram eleições históricas na província moçambicana da Zambézia. Foi a primeira vez que a FRELIMO obteve a maioria dos votos na província desde 1994.

Eleitores na ZambéziaFoto: DW/N. Issufo

Na província moçambicana da Zambézia, uma das mais populosas do país, estas foram eleições históricas. A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) conseguiu a maioria dos votos pela primeira vez desde 1994, o ano das primeiras eleições multipartidárias em Moçambique, e canta vitória.

Mas o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) falam em "atropelo à democracia". E a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) boicotou a sessão de divulgação dos resultados.

Resultados

Segundo a Comissão Provincial de Eleições, a eleição dos deputados da Assembleia da República teve os seguintes resultados: a FRELIMO ficou em primeiro lugar, com 65,49% dos votos; a RENAMO foi o segundo partido mais votado, com 29,6%. O MDM ficou em terceiro lugar, com 3,39% dos votos e a Ação de Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI) conseguiu apenas 0,37% dos votos.

Filipe Nyusi, o candidato presidencial da FRELIMO, venceu as presidenciais com 69,5% dos votos. Em segundo lugar ficou o líder da RENAMO, Ossufo Momade, com 25,9% dos votos, e, em terceiro, Daviz Simango, do MDM, com 3,8%. Mário Albino, o candidato presidencial do partido AMUSI, conseguiu 0,8%.

No anúncio dos resultados estiveram muitos elementos do partido no poder, a FRELIMO, mas só cinco membros do MDM e nenhum da RENAMOFoto: DW/M. Mueia

A FRELIMO venceu também a corrida ao cargo de governador provincial. Segundo a Comissão Provincial de Eleições, para a eleição dos membros das assembleias provinciais, o partido FRELIMO obteve 65,29% dos votos. A RENAMO conseguiu 30,72% e o MDM 3,99%.

FRELIMO aguarda a festa

A FRELIMO saudou os resultados e afirma estar agora "à espera da festa". Cipriano Ntussi, membro do partido, acrescentou que "o povo escolheu e não há nada a reclamar aqui. O povo confiou e confia até agora nos programas do partido".

Já o representante do MDM, Vitorino Francisco, saiu enfurecido da sala onde os resultados foram anunciados: "Nós vamos reagir publicamente amanhã, mas em duas palavras eu vou dizer: isto é o total atropelo à democracia".

Esta segunda-feira de manhã, carros da Unidade de Intervenção Rápida da polícia circulavam pela cidade de Quelimane. O porta-voz do comando policial na Zambézia, Sidner Lonzo, disse que o objetivo era conter os ânimos dos cidadãos.

Entretanto, não houve manifestações, nem festejos, depois do anúncio dos resultados na província da Zambézia. Sobretudo na capital provincial, Quelimane, reina um silêncio total, pouco habitual.

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