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Eleições na Guiné-Bissau: Fim da campanha eleitoral

Lusa
2 de junho de 2023

A campanha eleitoral para as eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau termina hoje, com os principais partidos a realizarem os comícios finais na capital, Bissau.

Guinea-Bissau Guineer protestieren gegen Sissocos „Diktatur“
Foto: João Carlos/DW

Estas são as sétimas eleições legislativas desde a abertura ao multipartidarismo a que concorrem 20 partidos e duas coligações. A campanha eleitoral das principais forças políticas termina hoje (02.06), com comícios em Bissau.

Os principais concorrentes são o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), atualmente no Governo, e a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, que inclui o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, na oposição), e que inclui ainda a União para a Mudança (UM), o Partido da Convergência Democrática (PCD), o Movimento Democrático Guineense (MDG) e o Partido Social-Democrata (PSD).

Nas últimas legislativas de 2019, o Madem-G15 teve 27 assentos.Foto: Iancuba Dansó/DW

Entre as principais forças políticas estão ainda o Partido de Renovação Social (PRS), que integra o atual Governo de iniciativa presidencial, mas que tem criticado a ação do executivo durante a campanha eleitoral, e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), de Botché Candé, atual ministro da Agricultura, e que se tem igualmente distanciado dos partidos que integram o Governo.

A Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, tem tido uma presença mais discreta na campanha eleitoral e o chefe do Governo perspetivou já que nenhum partido vai conseguir a maioria, sendo necessário um consenso para formar o executivo.

O PAIGC ganhou as legislativas de 2019, sem maioria, obtendo 47 deputados.Foto: Iancuba Danso/DW

O PAIGC ganhou as legislativas de 2019, sem maioria, obtendo 47 deputados, seguido do Madem-G15, com 27 assentos, do PRS, com 21 deputados, na quarta posição ficou a APU-PDGB, com cinco deputados, e do Partido da Nova Democracia (PND) e da UM, com um deputado cada um.

Apesar de ter ganhado as eleições, o PAIGC deixou de estar no Governo em 2020, depois de o Presidente ter demitido o primeiro-ministro Aristides Gomes, e formado um executivo com elementos do Madem-G15, do PRS e da APU-PDGB. Este Governo acabaria por ter o seu programa aprovado mais tarde pelo parlamento com o voto daqueles partidos e com o apoio de cinco deputados dissidentes do PAIGC.

No domingo, as urnas abrem às 07:00 locais e encerram às 17:00.Foto: DW

Tudo a postos

Para estas eleições estão registados 893.618 eleitores, dos quais 17.922 na diáspora em África e 17.894 na Europa, incluindo 7.789 em Portugal.

Segundo a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), as urnas abrem às 07:00 locais (08:00 em Lisboa) e encerram às 17:00 (18:00 em Lisboa) e haverá 3.524 mesas de voto, das quais 55 em Áfricae 57 na Europa.

Ao todo estão no país cerca de 200 observadores, ainda de acordo com a CNE, nomeadamente 60 da missão de curta duração da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), liderada pelo ex-presidente cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca, além dos 15 que já estão no terreno, 29 da União Africana, chefiados pelo ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano, enquando a missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), composta por 27 elementos, é chefiada pelo ex-vice-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense Alberto Carlos.

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