EUA: Putin aguarda resultado oficial para felicitar vencedor
ms | com agências
9 de novembro de 2020
Presidente russo, Vladimir Putin, está à espera do anúncio do resultado oficial das eleições presidenciais nos EUA para felicitar o vencedor. China, México e Brasil também não deram os parabéns a Joe Biden pela vitória.
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"Consideramos que é correto esperar os resultados oficiais das eleições. O Presidente Putin disse muitas vezes que respeitará a escola do povo norte-americano, seja ela qual for", disse aos jornalistas o porta-voz da presidência russa. Dmitri Peskov garante que Putin está "pronto a trabalhar com qualquer Presidente dos Estados Unidos".
Vladimir Putin não hesitou em felicitar Donald Trump pela sua eleição em 2016 pouco após as projeções lhe darem a vitória, mas nessa altura "não havia contestação jurídica dos resultados", argumentou Peskov.
A responsável da comissão eleitoral russa, Ella Pamfilova, considerou hoje que o voto por correspondência nos EUA abriu "um espaço imenso" para possíveis fraudes eleitorais.
As relações entre Washington e Moscovo deterioraram-se desde que a Rússia foi acusada de ingerência nas presidenciais de 2016 para favorecer Trump. A eleição de Joe Biden poderá aumentar as tensões com Moscovo, já que o antigo vice-presidente de Barack Obama prometeu sempre mais firmeza relativamente a Moscovo.
China, México e Brasil fazem como a Rússia
Tal como a Rússia, a China, o México e o Brasil ainda não felicitaram o Presidente eleito, Joe Biden, pela vitória.
Norte-americanos celebram vitória de Biden
01:42
Donald Trump recusou-se a reconhecer a vitória do seu rival Joe Biden, anunciada no sábado (07.11), e denunciou, sem apresentar provas, fraudes a favor do candidato democrata, prometendo ações na justiça para contestar o resultado.
Há vários meses que Trump contestava a legitimidade do resultado final das eleições, alegando não ter confiança nos votos por correspondência, que este ano bateram máximos, com mais de 100 milhões de eleitores a escolherem esta opção, por causa, entre outras razões, da pandemia de Covid-19.
Bush dá os parabéns a Biden e descarta fraude
O antigo Presidente dos Estados Unidos da América George W. Bush congratulou o democrata Joe Biden pelo triunfo "claro" na corrida para a Casa Branca e sublinhou a integridade do sufrágio.
Em comunicado, o ex-chefe de Estado enalteceu também a "mensagem patriótica" do vencedor, que, na noite de sábado (madrugada de domingo em Portugal continental), se proclamou como o Presidente de "todos os americanos".
"Apesar das nossas diferenças políticas, sei que Joe Biden é um bom homem que ganhou a oportunidade de liderar e unificar o nosso país", frisou o republicano.
George W. Bush reconheceu, porém, o direito de Donald Trump de "pedir recontagens e de apresentar contestações legais", mas sublinhou que "todas as questões pendentes serão resolvidas" perante uma eleição "fundamentalmente justa" e onde a participação recorde dos eleitores é vista como um sinal de "saúde da democracia" dos EUA.
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Merkel pronta a enfrentar problemas mundiais com Biden
A Alemanha está pronta para enfrentar "lado a lado" com os Estados Unidos e o Presidente eleito, Joe Biden, "problemas globais" como o aquecimento global e a pandemia de Covid-19, garantiu hoje a chanceler Angela Merkel.
"Os alemães e os europeus sabem que devemos assumir mais responsabilidades nesta parceria" com os Estados Unidos, acrescentou em comunicado de imprensa a chanceler alemã, que detém a presidência do Conselho da União Europeia até ao final do ano.
Na opinião de Merkel, os EUA e a UE devem estar "ombro a ombro no difícil teste da pandemia do novo coronavírus, na luta contra o aquecimento global e as suas consequências, contra o terrorismo, por uma sociedade aberta e o livre comércio".
Donald Trump: Populista, empreendedor, Presidente
Donald Trump é empreendedor imobiliário e estrela de televisão. Muitos não o levavam a sério. Mas ele venceu as eleições e, a partir de 20 de janeiro de 2017, será o 45º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
Foto: picture-alliance/dpa/K. Lemm
A família, o seu império
Trump com a sua família: a esposa, Melania (de branco), as filhas Ivanka e Tiffany, os filhos Eric e Donald Junior, e os netos Kai e Donald Junior 3º. Os filhos são "vice-presidentes seniores" do conglomerado Trump.
Foto: picture-alliance/dpa
Frederick Junior, o pai
Donald Trump herdou o dinheiro para os seus investimentos do pai, Frederick, que lhe deu um capital inicial de um milhão de dólares. Após a sua morte, em 1999, Donald e os seus três irmãos herdaram uma fortuna de 400 milhões de dólares.
Foto: imago/ZUMA Press
Capitão Trump
Quando tinha 13 anos, o seu pai enviou Trump para um internato militar em Cornwall-on-Hudson, onde deveria aprender a ser disciplinado. No último ano, ele obteve inclusive uma patente militar. Ele diz que, ali, recebeu mais treinamento militar do que nas Forças Armadas americanas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/
"Very good, very smart"
"Muito bom, muito inteligente", é o que Trump diz de si mesmo. E acrescenta que cursou a escola de elite Wharton (foto), da Universidade de Pensilvânia, na Filadélfia, onde se formou em 1968. É uma das oito universidades integrantes da Ivy League, as universidades mais prestigiadas dos EUA. Mesmo assim, sabe-se pouco sobre o percurso de Trump na faculdade.
Foto: picture-alliance/AP Photo/B.J. Harpaz
Dispensado da Guerra do Vietname
Devido a um problema no calcanhar, Trump foi dispensado e não lutou na Guerra do Vietname. Na guerra, morreram cerca de 58 mil soldados dos Estados Unidos e aproximadamente três a quatro milhões de vietnamitas dos dois lados, além de outros dois milhões de cambojanos e laocianos.
Foto: picture-alliance/AP Photo
Ivana, a primeira esposa
Em 1977, Trump casou-se com a modelo tcheca Ivana Zelníčková, com quem teve três filhos. O relacionamento foi acompanhado de rumores sobre relacionamentos extraconjugais. Foi Ivana quem apelidou Trump de "The Donald".
Foto: Getty Images/AFP/Swerzey
Anos 80: Abertura do Harrah's at Trump Plaza
Esta foto, tirada em 1984, marca a abertura do Harrah's at Trump Plaza, um complexo envolvendo hotel, restaurante e casino em Atlantic City (Nova Jérsia). Este foi um dos primeiros investimentos que tornaram Trump bilionário.
Foto: picture-alliance/AP Images/M. Lederhandler
Família número 2
Em 1990, Trump divorciou-se de Ivana e casou-se com Marla, 17 anos mais jovem que ele. A filha do casal se chama Tiffany.
Foto: picture alliance/AP Photo/J. Minchillo
As meninas de Trump
Em público, Trump não aparece só ao lado de sua esposa. Ele costuma acompanhar concursos de beleza ao lado de jovens modelos. De 1996 a 2015, ele foi o responsável pelo concurso de Miss Universo ("Miss Universe") nos EUA.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Lemm
Livro muito lido e vendido
Como fazer milhões de forma rápida? O best-seller de Trump "A arte da negociação" é um exemplo. O livro é em parte autobiográfico, em parte um livro de dicas para empresários ambiciosos. A publicação não foi somente uma das mais vendidas nos EUA, como também colocou Trump no centro das atenções no país.
Foto: Getty Images/AFP/M. Schwalm
O nome é a marca
Trump investe de forma agressiva, mas também sofre fracassos. Numa perspectiva de longo prazo, no entanto, obtém sucesso, como por exemplo com a Trump Tower em Nova York. Ele calcula a sua fortuna hoje em 10 bilhões de dólares. Especialistas, entretanto, consideram um terço desse valor mais realista. Portanto, cerca de 3 bilhões de dólares.
Foto: Getty Images/D. Angerer
"The Donald" no ringue
Como poucos, Trump consegue chamar a atenção dos mídia. Seu campo de ação inclui até um ringue de luta livre. No seu programa de TV "O Aprendiz" ("The Apprentice"), os candidatos eram contratados ou demitidos. A primeira edição foi ao ar durante o ano de 2004 na cadeia televisiva NBC. A frase favorita de Trump no programa era "Você está demitido!"
Foto: Getty Images/B. Pugliano
Ascenção rápida de Trump na política
Em 16 de junho de 2015, Trump anunciou a candidatura para a corrida presidencial pelo Partido Republicano. O seu slogan foi: "Faça a América grande outra vez" ("Make America great again"). A campanha foi feita ao lado da família e com slogans contra imigrantes, muçulmanos, mulheres e adversários políticos. Investiu muito nos mídia sociais como o Twitter onde tem 13,8 milhões de seguidores.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Lane
45º presidente dos Estados Unidos da América
A partir do dia 20 de janeiro de 2017, o populista e showman será o novo Presidente dos Estados Unidos. No início da campanha, poucos pensavam que poderia vencer as eleições do dia 8 de novembro de 2016 contra a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton. Mas a história de Donald J. Trump também mostra que este homem tem a capacidade de se transformar como um camaleão.