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PolíticaEstados Unidos

Eleições nos EUA: Trump queixa-se de "grande fraude"

gcs | com agências
4 de novembro de 2020

Primeiro, Donald Trump cantou vitória. Depois, duvidou do processo eleitoral e ameaçou ir para tribunal. No entanto, ainda não são conhecidos os resultados em estados cruciais. Joe Biden apela à calma.

Foto: Carlos Barria/REUTERS

A procissão da contagem dos votos ainda ia no adro - as candidaturas do democrata Joe Biden e do republicano Donald Trump seguiam taco a taco - já Trump cantava vitória.

"Vamos ganhar isto e, no que me diz respeito, já ganhámos", afirmou.

Porém, a festa da vitória teve de ser interrompida, queixou-se Trump. Em curso estaria uma "grande fraude" para colocar Joe Biden na Presidência. Trump escreveu na rede social Twitter: "Estão a tentar roubar-nos a eleição. Não vamos deixar que o façam. Não se pode votar depois do fecho das urnas".

O político republicano não apresentou quaisquer provas que sustentassem a sua acusação. O Twitter escondeu o post de Trump por o conteúdo ser "possivelmente enganador".

Contagem continua apesar de insinuações

Esta quarta-feira (04.11), Donald Trump voltou também a levantar suspeitas sobre o sistema de voto por correspondência.

"Como é possível que, cada vez que os votos por correspondência são contados, eles são tão devastadores em percentagem e poder de destruição?", disparou Donald Trump no Twitter. E ameaçou contestar os resultados da eleição no Tribunal Supremo.

A campanha de Joe Biden não se mostra impressionada.

Donald Trump "enfrentará uma das derrotas mais embaraçosas de sempre para um Presidente na mais alta instância judicial do país", comentou o advogado Bob Bauer, da campanha de Biden.

O político democrata segue atualmente em vantagem, mas a contagem dos votos continua em vários estados – incluindo no Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, estados cruciais onde ainda não foi declarado um vencedor. Esta quarta-feira à tarde, Trump voltou a duvidar do processo de contagem.

"Eles estão a trabalhar arduamente para fazer desaparecer a vantagem de 500 mil votos na Pensilvânia – tão depressa quanto possível. O mesmo no Michigan e noutros!", escreveu Trump no Twitter.

Joe Biden: "A decisão é do povo norte-americano"Foto: Brian Snyder/REUTERS

Em Delaware, Joe Biden pediu paciência até que sejam divulgados os resultados finais. A eleição "só termina quando o último voto for contabilizado", sublinhou o político democrata.

"Não me cabe a mim nem a Donald Trump declarar quem venceu esta eleição. A decisão é do povo norte-americano", disse Biden.

Depois do encerramento das urnas, houve protestos esporádicos nos Estados Unidos. Receia-se, no entanto, que o arrastar do clima de incerteza em relação às eleições de terça-feira possa conduzir a protestos em massa ou até mesmo a violência nas ruas.

À DW, Stephan Mayer, secretário de Estado parlamentar no Ministério alemão do Interior, mostrou-se preocupado com a situação nos Estados Unidos.

"É preciso que cada voto conte", afirmou. "Estou profundamente convencido de que é preciso que cada voto conte. Não é possível – não tem qualquer enquadramento legal – parar a contagem dos votos em pleno processo." Mayer disse que é do interesse da Alemanha que os Estados Unidos tenham um Governo estável, para reforçar os laços entre os dois países.

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