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Em Angola, UNITA espera bons exemplos da Alemanha

Nelson Sul D'Angola (Benguela)27 de março de 2014

A UNITA espera que Alemanha seja um parceiro de Angola sobretudo nos capítulos da boa governação e dos direitos humanos. Os pronunciamentos foram feitos ao chefe da diplomacia alemã.

Chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, durante o seu périplo por alguns países africanosFoto: picture-alliance/dpa

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, manteve um encontro privado, nesta quarta-feira (26.03), com a direção do maior partido da oposição angolana, a UNITA.

O encontro enquadrou-se na visita que o chefe da diplomacia alemã efetuou à Angola, depois de ter visitado outros dois países africanos, nomeadamente a Etiópia e a Tanzânia.

À saída do encontro, o vice-presidente da bancada parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Jr, elogiou a abertura do chefe da diplomacia alemã, que a semelhança da chanceler Angela Merkel, quando da sua visita em julho de 2011, alargou a sua agenda para os partidos da oposição e sociedade civil.

Os pronunciamentos da UNITA foram feitas após o encontro entre o chefe da diplomacia alemã no âmbito da visita que Frank-Walter Steinmeier efetou aquele país africano - considerado o terceiro mais importante parceiro económico da Alemanha na África sub-saariana.

Governo angolano faz barreiras

Apoiantes da UNITA durante um encontro em HuamboFoto: DW/N. Sul D'Angola

Adalberto da Costa Jr, entretanto, lembra que nem sempre estes encontros são possiveis: "O Governo e o seu partido de suporte infelizmente, muitas vezes, limita a oportunidade destes contactos, saindo a propaganda em contraste com a realidade do próprio país."

Por isso o membro da UNITA exaltou esta abertura do ministro alemão. "Para além de falar com os partidos políticos, [Steinmeier] foi mais longe. Falou com organizações da sociedade civil, o que lhe permite sair daqui com um quadro bastante mais completo. Fundamentalmente, ele deixa um exemplo de pluralismo - de que em sociedades modernas a participação é plural, é de todos."

Entre outras matérias, a UNITA deu a conhecer ao ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha o seu ponto de vista sobre questões ligadas à estabilidade política, a boa governação e a situação sócio-económica de Angola.

Por isso, o dirigente da UNITA, Adalberto da Costa Jr., espera que a Alemanha venha a ser um parceiro de Angola não apenas na cooperação económica, mas, sobretudo, no capítulo dos direitos humanos.


UNITA quer mais do que cooperação económica

Os chefes da diplomacia alemã e angolana, Frank-Walter Steinmeier e George Chicoti, em LuandaFoto: picture-alliance/dpa

O líder da bancada parlamentar do maior partido da oposição angolana sugere que a Alemanha ajude a ampliar a liberdade dentro do Parlamento. "O local, por essência, que representa os povos é a Assembleia Nacional. Gostariamos de ver [esta questão] ultrapassada através de parcerias dinámicas e corajosas, que ajudassem a fazer entender as instituições angolanas que não estão no bom caminho."

Para Adalberto da Costa Jr., em um país como a Alemanha, por exemplo, seria um escândalo e inadimissível "limitar os inquéritos parlamentares e a possibilidade de se chamar um ministro, não publicar as contas públicas, ter empresas protegidas - como a Sonangol que ninguém sabe quais são os valores reais das movimentações económicas. Estas matérias não são menos importantes."

Ele recorda ainda que a relação entre os membros do seu partido e a Alemanha não é recente. "A UNITA tem quadros que conhecem muito bem a Alemanha e que fizeram muito do seu tempo de trabalho no país, como é o caso do vice-presidente [do partido]."

O membro da UNITA sublinhou a cooperação estreita entre seu partido e as instituições alemães, tendo acrescentado que o encontro com o ministro alemão serviu para aprofundar as relações. "As relações com as fundações e partidos alemães é muito grande. A UNITA integra à Internacional Democrata Centrista (IDC), de que o atual partido que está no poder na Alemanha faz parte. Portanto, temos relações que vem no plano dos partidos, no plano das instituições, complementares."

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