Segundo a agência oficial de notícias dos Emirados Árabes Unidos, a medida foi decidida pelo presidente dos Emirados, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, com o objetivo de "apoiar países irmãos e amigos para enfrentar desafios e crises".

A agência não especificou quantos aviões foram enviados nem quantas vacinas transportavam, mas ressaltou que seus destinos eram RDC, Nigéria, África do Sul, Costa do Marfim e Camarões "em resposta aos esforços feitos por estes cinco países para combater e conter o surto".

Na sexta-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, garantiu que o surto de mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) "pode terminar nos próximos seis meses se houver liderança dos governos".

Emergência internacional

Em 14 de agosto, a OMS declarou emergência internacional devido ao mpox por conta da rápida expansão de uma nova cepa do vírus que o causa, o clado 1b, dos quais, além dos casos suspeitos na RDC, 258 foram confirmados no Burundi, quatro em Ruanda e Uganda, dois no Quênia e um na Suécia e na Tailândia.

Esta variante é diferente do clado 2, que causou um surto violento na África em 2022 e centenas de casos na Europa, América do Norte e países de outras regiões, e já levou à declaração de emergência sanitária internacional entre 2022 e 2023.

De acordo com dados divulgados pela agência de saúde pública da União Africana (UA), foram registradas até agora 22.863 infecções (incluindo 3.641 confirmadas e 19.222 suspeitas) em 13 países do continente.

A Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, também anunciou hoje o lançamento de um concurso de emergência para acelerar a compra de vacinas contra o vírus.