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Emmanuel Macron visita Angola em 2019

Lusa | tms
21 de setembro de 2018

Visita de Emmanuel Macron a Angola, no segundo semestre de 2019, será "um momento forte de concretização de projetos que começaram a nascer com a visita de João Lourenço a França", afirma a embaixada francesa em Luanda.

João Lourenço esteve em Paris em maio para visita oficialFoto: Getty Images/AFP/L. Marin

O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai visitar oficialmente Angola no segundo semestre de 2019, dando sequência à visita que o homólogo angolano, João Lourenço, efetuou a França em maio deste ano, disse o embaixador em Luanda. 

Falando na quinta-feira (20.09) à noite aos jornalistas após um encontro no Museu da Moeda, na capital angolana, com a presença de cerca de 70 empresários franceses, Sylvain Itté salientou que a visita do Presidente francês "deve ser um momento forte de concretização de projetos que começaram a nascer com a visita do Presidente Lourenço a França".

O embaixador acrescentou que "há todo um processo [de preparação] e espero que poderemos contar com a visita do Presidente Macron no segundo semestre de 2019".

Petrolífera continua em Angola

Sylvain Itté, citado pela agência Lusa, garantiu, por outro lado, que a companhia petrolífera francesa Total vai continuar em Angola, lembrando que a empresa foi das primeiras a investir no país logo após a independência, em 1975, e que passa, entre outras questões, pela operação na área dos produtos refinados e na abertura de postos de combustíveis.

Segundo o diplomata francês, a Total está "muito empenhada" no Projeto Eiffel, que abrange escolas públicas angolanas, que financia há 10 anos e que, reivindicou, estão reconhecidas como "algumas das melhores no país", havendo também projetos de formação de quadros técnicos em vários setores.

Plataforma de exploração da Total em Angola (2003)Foto: MARTIN BUREAU/AFP/Getty Images

Além da pretrolífera Total, a França pretende continuar investindo em Angola através de outros empreendimentos. "As empresas francesas estão presentes e empenhadas no desenvolvimento do país. Essa presença vai crescer, mas depende também dos investimentos públicos angolanos e da vontade das empresas angolanas investirem diretamente no país, pois não devem esperar só o investimento estrangeiro, mas também construir verdadeiras parcerias com empresas estrangeiras e, naturalmente, francesas", afirmou.

Segundo o embaixador francês em Luanda, atualmente, há cerca de 300 empresas francesas com ligações diretas ou indiretas a Angola, país onde operam 70 outras nos mais variados setores.

Investimentos

Questionado sobre o volume do investimento francês em Angola, Sylvain Itté indicou que três dos maiores bancos franceses disponibilizaram uma linha de crédito no valor de 1.500 milhões de euros (repartidos equitativamente por 500 milhões de euros entre o BNP-Paribas,o Crédit Agricole e a Societé General). "Significa que há dinheiro disponível para financiar projetos concretos e viáveis do ponto de vista económico a empresas francesas e angolanas", realçou.

"Não é uma questão de saber quanto dinheiro é investido, trata-se de saber, sim, quais os financiamentos disponíveis para as empresas decidirem investir. A parte do Governo francês está feita e as autoridades de Angola declararam e começaram a concretamente a dar condições para o investimento", sublinhou.

No entanto, admitiu o diplomata francês, "há ainda muito a fazer" para que as empresas estrangeiras se possam instalar em Angola e "não se podem esconder as dificuldades". "Mas acho tudo vai melhorar. Da parte francesa, das empresas francesas, há um interesse fundamental em trabalhar com Angola", terminou.

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