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FMI libera mais de 630 milhões de euros a Angola

Lusa
10 de junho de 2021

Decisão do conselho de administração do FMI permite desembolso imediato do recurso a Angola. Instituição global considera visão política das autoridades angolanas "sã e empenhada" no Programa de Financiamento Ampliado.

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Foto: Yuri Gripas/REUTERS

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a quinta revisão ao programa de ajustamento financeiro de Angola, permitindo o desembolso imediato de 772 milhões de dólares, salientando a visão positiva das autoridades e o empenho nas políticas do programa. Em janeiro, havia sido desbloqueado 400 milhões de euros

"A decisão do conselho de administração do FMI permite um desembolso imediato de 772 milhões de dólares [633 milhões de euros] a Angola", lê-se no comunicado colocado esta noite no site do Fundo, no qual se aponta que a economia angola "está em transição para uma recuperação gradual de múltiplos choques, incluindo aqueles induzidos pela pandemia de covid-19".

No comunicado, o FMI acrescenta que "a visão política das autoridades continua sã, e continuam empenhados no programa económico apoiado pelo Programa de Financiamento Ampliado".

Elogios do FMI

O programa de ajustamento financeiro foi acertado com o FMI em dezembro de 2018, num valor de 3,7 mil milhões de dólares, que foi em setembro aumentado para cerca de 4,5 mil milhões de dólares (de 3 mil milhões de euros para 3,7 mil milhões de euros), dos quais cerca de 3 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) já foram entregues, a que se junta o valor hoje anunciado, totalizando 3,9 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros) e dura até final deste ano.

Banco Nacional de AngolaFoto: Pedro Borralho Ndomba

"O forte empenho das autoridades angolanas em políticas sãs ao abrigo do acordo com o FMI permitiu a Angola mitigar os piores efeitos da pandemia; ajudada pelo aumento dos preços do petróleo, as autoridades estão a apoiar a recuperação de Angola através da consolidação da estabilidade macroeconómica, ao mesmo tempo que protegem os mais vulneráveis", disse a vice-diretora executiva, Antoinette Sayeh, citada no comunicado.

 Num tom elogioso, a responsável acrescenta que o Governo e as autoridades de política monetária "estão a continuar a fortalecer as finanças públicas e a dinâmica da dívida" e aponta que "atingiram um forte ajustamento orçamental em 2020 e estão no bom caminho para fazer o mesmo em 2021, ao mesmo tempo que aumentam as despesas sociais e na saúde".

 Para recuperar da recessão económica dos últimos cinco anos e concretizar a previsão de crescimento este ano, "uma forte recuperação do crescimento não petrolífero é crítica, e as autoridades precisam de manter a dinâmica nas reformas estruturais que sustentam o crescimento diversificado mais forte, melhorar a governação e combater a corrupção".

A aprovação da quinta revisão do programa de ajustamento financeiro, que aumenta o total já desembolsado até agora, surge na mesma altura em que Angola anunciou que solicitou o prolongamento da moratória sobre o serviço da dívida bilateral até final do ano.

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