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Estados Unidos e Angola reforçam cooperação

António Carlos Moura (Luanda)5 de maio de 2014

John Kerry, secretário de Estado norte-americano, terminou o seu périplo africano em Angola, onde esteve nos últimos dois dias. Kerry destacou o papel de Angola na pacificação de conflitos no continente africano.

Foto: Reuters

No fim da visita desta tarde (05.05), o governante norte-americano, deu em Luanda uma conferência de imprensa para fazer o balanço da sua deslocação a Angola. Entre muitos pontos da sua abordagem deixou claro o papel de Angola e do seu presidente no diálogo para a pacificação da região dos Grandes Lagos.

"Uma visita muito positiva". É assim que os vários setores da crítica nacional consideram que foi a deslocação de John Kerry a Angola, porque abre uma nova perspetiva na abordagem dos interesses comuns entre os dois Estados.

Kerry preocupado com a instabilidade na região dos Grandes Lagos

Um dos pontos comuns entre os dois países é a preocupação com a instabilidade que a região do Grandes Lagos ainda vive. John Kerry fez questão de destacar os esforços de Angola e o papel de José Eduardo dos Santos como presidente da organização regional ao mesmo tempo que considerou importante o engajamento norte-americano nessa questão.

“Angola está a assumir um papel central, diria até integral, ao conseguir unir os países africanos, conduzindo-os a uma paz duradoura na região dos Grandes Lagos", disse o dirigente norte-americano.

"Tive a ocasião de agradecer ao Presidente dos Santos pelo seu excelente trabalho e liderança, concretamente na sua presidência da Conferência Internacional sobre os Grandes Lagos, onde ele está comprometido em que haja uma solução com êxito”, acrescentou, em conferência de imprensa.

RCA: um outro foco de instabilidade que preocupa Washington

A instabilidade que a República Centro-Africana atravessa nos últimos meses é também motivo de preocupação nos Estados Unidos. Kerry disse que foi informado sobre os passos importantes que Angola vai dar para encontrar soluções para este conflito.

“O Presidente dos Santos informou-nos hoje que tenciona manter-se absolutamente comprometido com a iniciativa na República Centro-Africana e que dentro de pouco tempo se prepara para realizar reuniões a alto nível com o objetivo de colocar termo a este conflito”, destacou John Kerry.

Sobre a cooperação económica entre os dois Estados, prevê-se que tudo mude a partir de agora. Duas linhas de crédito vão ser abertas pelo EximBank americano no valor de 900 milhões de dólares. Deste montante, 600 milhões vão ser para a compra de um Boing Triple Seven para a companhia aérea angolana, TAAG, ao passo que os restantes 300 milhões serão destinados a projetos sociais diversos.

Diálogo bilateral vai sofrer alterações

Por tudo isto, o diálogo com Angola vai mudar, disse o secretário de Estado norte-americano.

“Estou aqui para construir e confirmar que queremos continuar e aumentar este diálogo o mais rápido possível, dou-lhes essa garantia. Mantivemos também diálogos sobre temas energéticos e toda uma gama de assuntos bilaterais económicos”, concluiu.

Em Angola, John Kerry visitou a empresa norte-americana General Electric, que se dedica à construção de equipamentos para a área dos petróleos e que emprega mais de 2 500 trabalhadores angolanos.

John Kerry visita a General Electric, em LuandaFoto: Reuters

Angola foi assim a última etapa de um périplo que John Kerry efetuou, depois da Etiópia, Sudão do Sul e República Democrática do Congo. Fez-se acompanhar pela secretária de Estado assistente para os assuntos africanos e pelo enviado especial do presidente norte-americano para os Grandes Lagos.

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