Munidos de cartazes e pedindo tranquilidade, dezenas de estudantes e professores da Universidade Católica, em conjunto com outros membros da sociedade civil, saíram às ruas de Lichinga, esta terça-feira (08.09).

Os manifestantes alertaram para a onda de criminalidade na capital provincial do Niassa e denunciaram a inoperância da polícia.

Nos últimos tempos, indivíduos munidos de armas brancas, conhecidos como "macatanas" ("homens de catanas"), têm aterrorizado a população da cidade.

O grupo já matou quatro pessoas e fez vários feridos. As principais vítimas foram estudantes que frequentam o ensino noturno.

"Esperamos uma mudança de mentalidades, uma mudança de atitude por parte de toda a comunidade e, principalmente, das pessoas que têm a mentalidade tão suja e macabra", disse Edmundo Xavier, docente responsável pela organização da marcha contra a criminalidade. "É por isso que estamos a lutar."

Polícia tem plano de ação

A polícia diz que já tem um plano para travar a quadrilha. "Estamos preparados", garante o porta-voz da Comando Provincial do Niassa, Alves Mate.

"A polícia tem patrulhas móveis", diz. "Os estudantes saem por volta das 22h45 e a polícia faz o patrulhamento nas zonas perto das faculdades. Os serviços de patrulhamento também foram reforçados em todos os bairros - a polícia já está inclusivamente nos bairros recônditos, que não têm vias de acesso."

O porta-voz diz que os criminosos não são habitantes locais, mas indivíduos vindos de fora.