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Estado de DireitoÁfrica

eSwatinii: "Soldados atiraram indiscriminadamente", diz HRW

Lusa
1 de julho de 2021

Human Rights Watch apela às autoridades para que respeitem os direitos dos cidadãos e as leis internacionais. Após cinco dias de protestos pró-democracia em eSwatini, várias pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Swasiland - Königreich Eswatini | Wahl | Protest
Imagem do protesto de 2018 no Reino de EsswatiniFoto: Getty Images/AFP/G. Guercia

A Human Rights Watch (HRW) apelou esta quinta-feira (01.07) para o governo de eSwatini, a antiga Suazilândia, garantir que as forças de segurança ajam dentro da lei. A ONG internacional divulgou comunicado, no qual salienta que as autoridades devem "evitar o uso arbitrário da força", diz Dewa Mavhinga, diretora da Human Rights Watch para a África Austral.

A HRW entrevistou oito manifestantes por telefone que descreveram tanto "disparos indiscriminados contra manifestantes pelas forças de segurança", como "violência por parte de alguns manifestantes".

A organização cita Maxwell Dlamini, ativista, a descrever que soldados atiraram contra contestatários indiscriminadamente, mas sem confirmar os números de manifestantes que apontam para oito mortes na sequência dos tumultos. A HRW faz referência também a uma petição de órgãos de comunicação social e entidades de defesa da liberdade de imprensa dirigida ao primeiro-ministro em exercício, Themba Masuku.

eSwatini: "A mudança de regime é a única opção"

02:39

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Restrinções online

A petição pede ao governante que garanta que "a Internet, plataformas de redes sociais e todos os outros canais de comunicação estão abertos, seguros e acessíveis independentemente dos protestos", depois de relatos de algumas limitações naqueles serviços.

Várias pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em novos confrontos entre a polícia e manifestantes, segundo ativistas pró-democracia. Os protestos são raros em eSwatini, um pequeno Estado na fronteira entre Moçambique e África do Sul que até há poucos anos tinha o nome de Suazilândia. 

Os partidos políticos estão proibidos há décadas, e nas últimas semanas irromperam protestos violentos em partes do território contra aquela que é a última monarquia absoluta de África.

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