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EUA aplaudem Angola pela liderança e democracia

Lusa
14 de dezembro de 2022

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, agradeceu à Presidência de Angola pela "liderança em desafios regionais e reformas democráticas".

USA Washington | US Afrika Gipfel
Foto: Evelyn Hockstein/AP/picture alliance

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse ontem (13.12) que se reuniu com o Presidente angolano, João Lourenço, a quem agradeceu "pela sua liderança em desafios regionais" e pelas suas "reformas democráticas e económicas em andamento".

Blinken, juntamente com o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, encontraram-se hoje com João Lourenço em Washington, à margem da Cimeira EUA-África onde discutiram objetivos comuns.

"Os Estados Unidos dão grande importância ao relacionamento com Angola, relacionamento esse que se tem fortalecido cada vez mais, principalmente sob a sua liderança. E, senhor Presidente, também apreciamos muito a liderança que Angola tem demonstrado na região, tentando acabar com os conflitos, trazer a paz, sobretudo no que diz respeito à situação no leste da República Democrática do Congo", disse Blinken a João Lourenço, citado no 'site' oficial do Governo norte-americano.

De acordo com o secretário de Estado, a parceria entre Washington e Luanda está "ainda mais forte" e oslaços comerciais e de investimento "cada vez mais profundos".

Na rede social Twitter, Blinken agradeceu ao chefe de Estado Angola pelas "reformas democráticas e ecnómicas" que colocou "em

Crescente parceria

Já Lloyd Austin indicou que o Departamento de Defesa norte-americano valoriza a "crescente parceria" com Angola e reconheceu que a liderança africana continua a ser fundamental para fortalecer a paz, a segurança e a governação em todo o continente.

"Angola é um líder chave no continente. (...) Ficamos satisfeitos por saber que Angola está interessada em possíveis compras aos Estados Unidos e estamos a trabalhar com o Departamento de Estado para responder ao seu pedido", acrescentou, sem apresentar mais detalhes sobre essas compras.

João Lourenço, por sua vez, afirmou que Angola tem interesse em reforçar a sua cooperação com os EUA, admitindo existir uma "mudança de jogo".

"Não duvidem das nossas boas intenções relativamente a este passo muito sensível que estamos a dar se quisermos olhar para o passado histórico dos nossos relacionamentos", afirmou o líder angolano, citado pelo Governo norte-americano.

Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e Presidente angolano João Lourenço

João Lourenço aproveitou ainda para fazer referência ao posicionamento geográfico estratégico de Angola, aos seus esforços para atrair investimento estrangeiro para Angola, sobretudo de norte-americanos, e aos "novos 'players'" que começam a surgir em diferentes setores como telecomunicações e produção de energia solar.

"Assim, os investidores norte-americanos virão a Angola  para investir em todas as áreas do seu interesse sem qualquer exceção, não só no setor da energia, não só na exploração de recursos minerais de todo o tipo, incluindo diamantes e outros, que são minerais preciosos raros. Em todas essas áreas, o investimento norte-americano é bem-vindo. Isso inclui também telecomunicações, tecnologias da informação, 5G. Esperamos que as empresas norte-americanas possam dar atenção ao 5G em Angola, que é importante para o nosso desenvolvimento", sublinhou.

Antes de ser interrompido por Blinken, que pediu a João Lourenço que suspendesse as declarações até que a imprensa sair da sala, o Presidente angolano mencionou ainda o novo aeroporto internacional de Luanda e a previsão da sua conclusão para 2023, assim como a compra de novas aeronaves da Boeing.

A Cimeira EUA-África decorre até quinta-feira e reúne líderes de todo o continente africano para discutir formas de fortalecer laços e promover prioridades compartilhadas com os Estados Unidos.

No total, 49 chefes de Estado africanos e o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, foram convidados para este encontro de alto nível.

A cimeira deve reavivar as relações dos Estados Unidos com o continente africano, suspensas pelo ex-presidente Donald Trump, num momento em que China e Rússia avançam com os seus peões na região. 

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