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PolíticaIsrael

EUA criticam uso de armas por Israel em Gaza

Lusa | AFP
11 de maio de 2024

Relatório norte-americano afirma ser "razoável avaliar" que uso de armas fornecidas pelos EUA em Gaza provavelmente violou o direito internacional. Israel avançou, este sábado, com ordens de evacuação do leste de Rafah.

Israel Gaza-Krieg
Foto: Amir Cohen/REUTERS

A administração do Presidente norte-americano disse, esta sexta-feira (10.05), que o uso por Israel de armas fornecidas pelos EUA em Gaza provavelmente violou o direito internacional humanitário. No entanto, as autoridades norte-americanas disseram não ter sido capazes de ligar armas específicas fornecidas pelos EUA a ataques individuais das forças israelitas em Gaza, indicou um relatório divulgado na sexta-feira. 

Esta avaliação, a primeira deste género, exigida pelos democratas no Congresso, surgiu após sete meses de ataques aéreos, combates terrestres, restrições de ajuda e mais de 35 mil mortos do lado palestiniano.

Embora as autoridades norte-americanas não tenham conseguido reunir todas as informações necessárias sobre ataques específicos, o relatório afirmou que, dada a "dependência significativa" de Israel em relação às armas fabricadas nos EUA, é "razoável avaliar" que estas tenham sido utilizadas pelas forças de segurança de Israel em "situações inconsistentes" com as obrigações ao abrigo do direito humanitário internacional "ou com as melhores práticas para mitigar os danos aos civis".

Israel diz que foram evacuadas do leste de Rafah cerca de 300 mil pessoasFoto: picture alliance/dpa

O Presidente Joe Biden ameaçou, esta semana, parar o fornecimento de alguns tipos de armas a Israel, em caso de uma ofensiva de grande amplitude contra a cidade de Rafah.

Evacuação de Rafah

Na manhã deste sábado (11.05), e apesar dos crescentes pedidos e críticas internacionais, o exército israelita ordenou aos residentes de áreas mais a leste de Rafah para que abandonassem o território, num apelo que sugere que planeia expandir a sua operação militar nessa zona.

Segundo as agências de notícias, as zonas afetadas incluem dois campos de refugiados.

As pessoas que se encontram nas zonas indicadas devem deslocar-se imediatamente para a aldeia de Al-Mawasi, na costa mediterrânica, informaram as Forças de Defesa de Israel (IDF).

As autoridades israelitas disseram, entretanto, que foram já evacuadas do leste de Rafah cerca de 300 mil pessoas desde a ordem de evacuação emitida em 06 de maio. 

Linhas vermelhas

Na sexta-feira, os EUA  afirmaram estar a "observar com preocupação" a operação militar israelita em curso em Rafah, acrescentando, no entanto, não considerar que tivessem sido excedidas as linhas vermelhas definidas por Joe Biden.

O Presidente Joe Biden ameaçou, esta semana, parar o fornecimento de alguns tipos de armas a Israel, em caso de uma ofensiva de grande amplitude contra a cidade de Rafah.Foto: Mandel Ngan/AFP

"Não diria que o que vimos nas últimas 24 horas assinale uma invasão em grande escala ou uma operação terrestre relevante", disse na sexta-feira John Kirby, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança.

Kirby disse também que os EUA continuam a entender que é "possível" um acordo sobre uma trégua na Faixa de Gaza, apesar de Israel e o Hamas terem abandonado as negociações que decorriam no Cairo sem se ter chegado a um acordo. 

"Continuamos a acreditar que as divergências podem ser resolvidas, mas isso exige autoridade, coragem, capacidade de compromisso e vontade de negociar de boa-fé", acrescentou.  "Não desistimos", assegurou. 

 

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