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Democratas recuperam controlo da Câmara dos Representantes

Reuters | AFP | AP | Lusa | EFE | gcs | tms | mk
7 de novembro de 2018

Resultados das eleições intercalares nos Estados Unidos mostram divisão do eleitorado. Enquanto os democratas voltam a controlar a Câmara dos Representantes, os republicanos, de Donald Trump, mantêm o controlo do Senado.

Democratas voltam a controlar Câmara dos Representantes após oito anosFoto: Reuters/A. Drago

Os norte-americanos votaram e mostraram que estão divididos. As primeiras projeções dos resultados das eleições intercalares, divulgadas esta madrugada, indicavam que o Partido Republicano, do Presidente Donald Trump, continuará a controlar o Senado. Porém, os democratas terão conquistado mais de 30 assentos na Câmara dos Representantes, muito acima dos 23 que eram necessários para voltar a estar em maioria.

Nancy Pelosi celebra vitória dos democratasFoto: Reuters/J. Ernst

"Amanhã será um novo dia nos Estados Unidos da América", afirmou a líder democrata Nancy Pelosi pouco depois da divulgação das projeções, durante uma festa do partido em Washington. Pelosi deverá ser a próxima presidente da Câmara dos Representantes, depois de oito anos da maioria republicana.

Com a Câmara dos Representantes nas mãos dos democratas, a vida política do Presidente Donald Trump poderá ser dificultada. O Partido Democrata poderá travar projetos legislativos de Trump ou investigar a conduta pessoal e profissional do chefe de Estado norte-americano. Até mesmo a impugnação do mandato ("impeachment") de Donald Trump poderá ser colocada em cima da mesa.

Democratas e republicanos festejam

Ainda assim, os democratas não foram os únicos a festejar. Trump escreveu na rede social Twitter que as intercalares desta terça-feira (06.11) foram um "tremendo sucesso" para os republicanos.

Os republicanos terão inclusive aumentado o seu número de assentos no Senado, de acordo com as projeções, e isso poderia limitar os planos dos democratas: mesmo que a Câmara dos Representantes avance com um processo de impugnação de Donald Trump, o Presidente norte-americano só pode ser afastado com o voto a favor de uma maioria de dois terços no Senado, que continua nas mãos dos republicanos.

Isso não deverá, no entanto, travar os democratas de pedir um inquérito ao Presidente, baseado nas informações do procurador especial Robert Mueller, que investiga desde maio do ano passado possíveis ligações entre membros da campanha de Trump e Moscovo.

 

Mesmo sem controlar o Senado, a instituição que autoriza nomeações executivas e tratados internacionais, os democratas poderão, a partir de agora, influenciar a política externa norte-americana.

"Em termos de audições e discurso público, isso mudará significativamente com os democratas a recuperarem o controlo da Câmara dos Representantes, porque haveria investigações às medidas da administração, incluindo ao reforço das leis migratórias", afirma Frances Lee, um académico da Universidade norte-americana de Maryland.

Além disso, face aos resultados das intercalares de terça-feira, os planos de Trump para financiar um muro na fronteira com o México também poderão ficar condicionados, com os democratas a controlar a Câmara dos Representantes.

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