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PolíticaEstados Unidos

EUA: Kamala Harris ganha força com retirada de Biden

bd | nn | com agências
22 de julho de 2024

Com a saída de Joe Biden, Kalama Harris entra na luta pela corrida às eleições presidenciais de 5 de novembro. O atual Presidente dos EUA lançou a vice-Presidente para disputar a chefia dos destinos da potência.

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos
Foto: Rebecca Noble/REUTERS

O líder da Casa Branca, de 81 anos, cuja condição de saúde tem vindo a ser questionada, divulgou a sua saída da corrida à Presidência norte-americana através de uma carta publicada na rede social X (antigo Twitter), onde também fez saber que apoia Kamala Harris como sucessora na corrida à Casa Branca.

A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, depressa afirmou pretender "merecer e ganhar" a nomeação do Partido Democrata às eleições presidenciais e derrotar o republicano Donald Trump, após ter recebido o apoio do desistente Joe Biden.

"É uma honra receber a recomendação do Presidente e a minha intenção é merecer e ganhar esta nomeação", disse Harris, numa declaração em que qualifica a decisão de Joe Biden de abandonar a corrida eleitoral como um "ato abnegado e patriótico". 

A dirigente afirmou que fará tudo o que estiver ao seu alcance "para unir o Partido Democrata" e a nação para derrotar Donald Trump, que antecedeu Biden na Casa Branca e é o candidato republicano nas presidenciais de 5 de novembro. "Temos 107 dias até ao dia das eleições", declarou Harris.

Poucos minutos depois de ter anunciado que se retirava da corrida presidencial após semanas de pressão interna, Biden manifestou apoio a Harris através de uma mensagem nas redes sociais. Biden indicou que vai explicar posteriormente a sua decisão num discurso à nação.

Harris "mais fácil de derrotar"

Donald Trumpsaudou a renúncia à reeleição do Presidente Joe Biden e afirmou que a possível sucessora na corrida eleitoral, Kamala Harris, "será mais fácil de derrotar".

"É de longe o pior Presidente da história do nosso país", disse Trump numa conversa telefónica com a CNN. "O corrupto Joe Biden não estava apto para se candidatar à presidência e certamente não está apto para ocupar o cargo, e nunca esteve", acrescentou.

Presidente norte-americano, Joe Biden, e vice-presidente, Kamala Harris, em maio de 2024Foto: Sipa USA/picture alliance

O ex-presidente norte-americano Barack Obama defendeu que Biden mostrou "amor pelo país" ao abandonar a corrida presidencial. Tal como Obama, líderes internacionais têm repetido agradecimentos e elogios a Joe Biden, tendo a Rússia preferido indicar que segue com atenção os acontecimentos.

"O meu amigo Joe Biden fez muito: pelo seu país, pela Europa, pelo mundo. Graças a ele, a cooperação transatlântica é estreita, a NATO é forte e os Estados Unidos são um parceiro bom e fiável para nós. A sua decisão de não se recandidatar merece ser reconhecida", escreveu o chanceler alemão, Olaf Scholz, na rede social X.

O Presidente israelita, Isaac Herzog, agradeceu a Joe Biden por ser um "verdadeiro aliado do povo judeu", recordando nomeadamente que foi o primeiro Presidente dos EUA a visitar Israel em tempo de guerra.

De Kiev, o Presidente Zelensky agradeceu a Joe Biden pelo "apoio inabalável à Ucrânia na luta pela liberdade", e considerou a desistência da corrida presidencial como uma "dura decisão".

A decisão de abandonar a corrida surge após uma pressão crescente dos aliados democratas de Biden para que este se afaste após o debate de 27 de junho, no qual o Presidente de 81 anos deu algumas vezes respostas sem sentido e não conseguiu chamar a atenção para as muitas falsidades do antigo Presidente.

Joe Biden, que em janeiro de 2021 se tornou o Presidente mais velho na história dos Estados Unidos, aos 78 anos e 61 dias, anunciou em abril a sua recandidatura ao cargo, depois de quatro anos de uma liderança algo conturbada, anunciando aos 80 anos que tinha intenção de se manter no cargo até 2029.

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