"Os Estados Unidos da América são a maior democracia que o mundo já conheceu", afirmou a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, dias antes de saber que o Presidente Joe Biden, iria renunciar à candidatura democrata às eleições presidenciais de 5 de novembro.

Harris parece ser agora a principal candidata à liderança dos democratas na corrida à Casa Branca contra o republicano Donald Trump.

Vice-Presidente parece não ter rival democrata

A imprensa norte-americana avança que, em menos de 24 horas, a vice-Presidente já garantiu o apoio de mais de 500 dos 1.986 delegados necessários para ser nomeada como candidata dos democratas na convenção do partido, daqui a um mês. Harris também já terá recebido mais de 46 milhões de dólares para a campanha. 

O partido prometeu um "processo transparente e ordenado" para substituir Biden.

Apoios importantes

Vários nomes importantes já se posicionaram a favor de Harris, a começar pelo Presidente norte-americano. Diversos governadores, congressistas e o casal Bill e Hillary Clinton apoiam publicamente a política democrata.

Para a senadora de Massachussets, Elizabeth Warren, Harris seria a única candidata capaz de enfrentar Donald Trump nas presidenciais de novembro.

"Quando se defronta um criminoso condenado, quem melhor do que uma antiga procuradora para o enfrentar? Kamala tem estado aqui pelo povo americano, ano após ano. Ela está pronta para este trabalho e vai ganhar", afirmou Warren num vídeo publicado nas redes sociais.

Mas a nomeação de Harris não é certa. No partido, há quem defenda ainda a realização de umas "mini-primárias" democratas para considerar outros possíveis candidatos.

Harris contra Trump... e contra a história

A vice-Presidente tem 59 anos de idade; é filha de um pai jamaicano-americano e de uma mãe indiana. Estudou Direito e foi procuradora-geral do estado da Califórnia. Em 2016, foi eleita como senadora, até que, em 2021, se tornou vice-Presidente dos EUA.

"Ela é louca", acusou o rival republicano Donald Trump.

Harris poderá ser a 19ª mulher a concorrer a Presidente dos EUA. Poderá travar um duelo contra Donald Trump e contra a história: Os americanos nunca elegeram uma mulher para o mais alto cargo do país em 237 anos de democracia.