1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
PolíticaEstados Unidos

EUA: Pelo menos quatro mortos na invasão do Capitólio

Lusa | AP
7 de janeiro de 2021

Pelo menos quatro pessoas morreram esta quarta-feira, em Washington, na invasão do Capitólio por apoiantes de Donald Trump. Uma mulher foi alvejada no interior do edifício e três pessoas morreram no hospital.

Foto: Leah Millis/REUTERS

Um mulher morreu, depis de ter sido alvejada no interior do Capitólio, tinha já avançado a agência de notícias Associated Press (AP). A polícia da capital dos Estados Unidos, que usou armas de fogo para proteger os congressistas, adiantou agora que mais três pessoas morreram no hospital. 

Pelo menos 14 polícias ficaram feridos, dois deles em estado grave, tendo sido efetuadas mais de meia centena de detenções, sendo que cerca de 30 aconteceram por violação do recolher obrigatório, acrescentaram as autoridades.

A polícia também deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante as horas de ocupação do edifício do Capitólio.

A presidente da Câmara de Washington, Muriel Bowser, prolongou o estado de emergência pública na capital por mais 15 dias, até depois da tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden, agendada para 20 de janeiro.

Desativadas duas bombas caseiras

As autoridades também encontraram e desativaram duas bombas caseiras nas proximidades da sede dos secretariados nacionais dos partidos Democrata e Republicano. E descobriram ainda uma viatura no terreno do Capitólio, onde se encontrava uma espingarda e até dez bombas incendiárias, informou a cadeia de televisão norte-americana CNN.

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

Apoiantes de Donald Trump invadiram o CapitólioFoto: Manuel B. Ceneta/AP/picture alliance

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira (06.01), enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais. O debate no Senado foi retomado pelas 20:00.

"Ataque sem precedentes à democracia"

As reações ao ataque no Capitólio foram quase imediatas. A líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, defendeu que a certificação do Congresso da vitória eleitoral de Joe Biden iria mostrar ao mundo a verdadeira face do país.

O ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama considerou que os episódios de violência eram "uma vergonha", mas não "uma surpresa", dado a atitude de Donald Trump e dos republicanos.

Polícia envolveu-se em confrontos com os manifestantesFoto: Roberto Schmidt/AFP/Getty Images

O antigo Presidente norte-americano Bill Clinton também denunciou um "ataque sem precedentes" contra as instituições do país "alimentado por mais de quatro anos de política envenenada".

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

Saltar a secção Manchete

Manchete

Saltar a secção Mais artigos e reportagens da DW