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EXX Africa: Moçambique é o melhor destino de investimento

Lusa
18 de janeiro de 2020

Consultora põe Moçambique no topo da lista dos melhores destinos de investimento na África subsaariana, numa lista de cinco escolhas que inclui África do Sul, Tunísia, Egito e Etiópia. Angola é excluída da lista em 2020.

Foto ilustrativa: Exploração de gás na bacia do Rovuma, Cabo DelgadoFoto: ENI East

"Antes, um símbolo da dívida problemática, colapso da moeda e fraca governação, Moçambique vai virar a página dos antigos problemas este ano e começar a receber investimento estrangeiro massivo na indústria do gás natural", lê-se num relatório enviado aos clientes da consultora EXX Africa.

No relatório, a que a agência Lusa teve acesso, com o título 'Vencedores e Perdedores Africanos em 2020', esta consultora argumenta que "um potencial apoio do Fundo Monetário Internacional, melhorias no desempenho do setor bancário e o resultado dos processos legais internacionais sobre o escândalo das dívidas ocultas vão ser indicadores fundamentais para esta projeção otimista". 

As eleições do ano passado, acrescentam, "não desencadearam perturbações em massa e o Governo tem um mandato sólido para implementar os melhoramentos regulatórios e legislativas no setor do Gás Natural Liquefeito".

Mesmo os ataques no norte do país não impediram os investidores estrangeiros de continuar a apostar no país, dizem os analistas.

No entanto, apontam, "a militância violenta terá de continuar a ser monitorizada de perto durante os próximos anos" em Moçambique, país que a EXX Africa diz que vai "receber a maior parte do investimento estrangeiro em África em 2020", esmagadoramente centrados na área do gás natural.

Angola sai do "Top 5"

No relatório, que este ano retira Angola da lista de vencedores, elencam-se o Burkina Faso, a Guiné-Conacri, a Libéria, o Zimbabué e a Zâmbia como os principais perdedores, essencialmente por razões políticas, económicas e de segurança.

"No ano passado, os nossos cinco vencedores incluíam a Etiópia, Moçambique e Mauritânia, mas a inclusão de Angola e Gana mostrou-se mais controversa devido à corrupção e a riscos de sustentabilidade da dívida em ambos os mercados", argumentam os analistas.

O relatório sobre 2020 resulta de uma análise que leva em conta os "destinos favoritos para investimento baseado no interesse comercial dos clientes, informações privilegiadas locais e melhorias percetíveis na avaliação do rating interno" feito por esta consultora.

A nível geral, a EXX Africa identifica cinco riscos principais para o continente este ano: a implementação do acordo de livre comércio, as revoluções populares, as eleições, a nova moeda Eco na África Ocidental e a seca e as mudanças climáticas.

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