"Gunners" venceram o Chelsea por 2-1, com dois golos de Aubameyang a resolverem o derby londrino. O Arsenal não ganhava um troféu desde 2017 e conquista a taça mais antiga do mundo pela 14ª vez.
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Desde a Community Shield (Supertaça de Inglaterra), que o Arsenal não vencia um troféu. Será mais fácil dizer até que este é o primeiro título do Arsenal pós-Wenger, técnico francês que comandou os "gunners” entre 1996/97 e 2017/18.
Os dois rivais de Londres chegaram à final da Taça de Inglaterra em momentos ímpares. O Chelsea terminou em 4º lugar na "Premier League", garantindo um lugar na Liga dos Campeões 2020/21. Já o Arsenal ficou dez pontos e quatro lugares abaixo, num modesto 8º lugar, fora das competições europeias. A Taça de Inglaterra era a derradeira oportunidade para agarrar um lugar na fase de grupos da Liga Europa da próxima temporada.
Arsenal 2-1 Chelsea
Os primeiros minutos no Wembley à porta fechada foram marcados pela pressão e domínio do Chelsea, sobre um Arsenal ou nervoso ou adormecido. Logo aos cinco minutos, Giroud ofereceu, de calcanhar, a Pulísic o 0-1 para o Chelsea. A resposta do Arsenal chegou antes da meia hora de jogo. Aos 28 minutos, Aubameyang, da marca de grande penalidade, bateu Caballero e fez o empate na partida. Aos 35 minutos, contrariedade para Lampard. Azpilicueta, um dos pilares da defesa do Chelsea, não resistiu a dores musculares e teve de ser substituído por Christensen.
No arranque da segunda parte, um golpe ainda maior na equipa do Chelsea. Pulisic, que estava a ser o melhor jogador em campo, cedeu a nível físico e teve de abandonar a final aos 49 minutos. Arteta e companhia perceberam que o vento ia a favor do Arsenal e aos 67 minutos, cambalhota no marcador, numa jogada protagonizada pelo tridente ofensivo dos "gunners". Pépé levantou a cabeça, Lacazette arrastou a defesa do Chelsea e Aubameyang fez o que quis de Zouma e picou a bola por cima de Caballero. Para ajudar à festa, Kovačić foi expulso (acumulação de cartões amarelos) e deixou o Chelsea praticamente sem fôlego para a reta final da partida.
O Arsenal arrecadou a 14ª Taça de Inglaterra da história do clube e é o emblema com mais vitórias na competição, à frente de Manchester United (12) e Chelsea e Tottenham (8). Mikel Arteta também entra para a história dos "gunners”, como o primeiro a conquistar a Taça de Inglaterra, como capitão de equipa e como treinador.
"Super" Aubameyang
Mais uma grande exibição de Aubameyang, que pode ter feito o último jogo com a camisola do Arsenal. O avançado gabonês de 31 anos tem apenas mais um ano de contrato para cumprir e caso o Arsenal não queira ver o jogador com o passe na mão a partir de janeiro de 2021, os "gunners" poderão tentar vender o avançado goleador, já que a renovação, pelas palavras do próprio, pode não ser a hipótese mais provável.
"Não estou a pensar nisso agora. Quero apenas festejar com os rapazes e levar o troféu. Acho que todos deram o melhor pela equipa. Merecemos. A jornada foi longa e vou aproveitar a noite. Estive inspirado", afirmou Aubameyang, em declarações à BT Sport.
No momento dos festejos, a alegria e tranquilidade foram tão visíveis que traíram Aubameyang, quando este deixou cair a taça mais antiga do mundo. Sorrisos e gargalhadas para a posteridade do camisola 14 que "entregou" ao Arsenal o 14º troféu da FA Cup e que fechou a temporada com 29 golos em 44 jogos oficiais. Em duas épocas ao serviço dos "gunners", Aubameyang somou 60 golos em 95 jogos. Henry eternizou a camisola 14 no Arsenal. Aubameyang chegou e não deixou a tradição cair. Haverá um novo "14” do Arsenal na próxima época?
As estrelas do futebol europeu "made in África"
A 37 dias do início do CAN, destacamos os protagonistas da época 2018/19, que deverão ser chamados a participar na competição africana de seleções. Apenas um destes craques não irá pisar solo egípcio.
Foto: picture-alliance/Gtresonline
Mohamed Salah
O "rei egípcio" vai ser anfitrião do CAN 2019, competição que o Egipto não vence desde 2010, e finalista vencido em 2017. Salah, o melhor jogador africano em 2018, perfila-se como um dos principais candidatos a vencer o prémio em 2019. Esta época, leva 26 golos e 13 assistências, em 51 jogos. O Liverpool ficou em 2º lugar, a 1 ponto do City, mas vai disputar a final da Liga dos Campeões.
Foto: picture alliance/ZUMAPRESS
Kalidou Koulibaly
O defesa central nasceu em França, mas representa a seleção do Senegal. O "centralão" de 27 anos é titular indiscutível na seleção dos "Leões da Teranga" e no Nápoli, vice-campeão italiano. Em 2018/19, Koulibaly realizou 47 jogos, somando dois golos e outras tantas assistências. É um dos jogadores africanos com maior quota de mercado, com o passe avaliado em 70 milhões de euros.
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Bruno
Hakim Ziyech
Ano de explosão e confirmação do talento marroquino. Ziyech, médio ofensivo de 26 anos, nasceu na Holanda, mas é transportador de nacionalidade marroquina, país por quem decidiu representar a nível futebolístico. Depois de ter despertado interesse no último Mundial de 2018, Ziyech fez uma grande época pelo Ajax. Em 49 jogos oficiais, marcou 21 golos e fez 24 assistências. Os tubarões andam à caça.
Foto: Reuters/A. Couldridge
André Onana
Uma das grandes revelações das balizas este ano. Andre Onana, guarda-redes camaronês de 23 anos, defende as redes do Ajax, que chegou às mais-finais da Liga dos Campeões. Em 55 jogos oficiais, Onana sofreu 45 golos e teve 26 "folhas limpas". Grande época para o jovem campeão holandês pelo Ajax, formado na "cantera" do Barcelona.
Foto: Reuters/A. Lingria
Sadio Mané
O tempo passa e Mané está cada vez melhor. 26 golos e cinco assistências, em 49 jogos oficiais pelo Liverpool esta época. O avançado senegalês de 27 anos será um dos grandes craques a pisar o CAN 2019. Antes disso, Mané vai disputar a final da Liga dos Campeões. E se Mané ganhar a "Champions" e o CAN? Candidato à Bola de Ouro?
Foto: Getty Images/C. Ivill
Pierre-Emerick Aubameyang
Um dos grandes ausentes do CAN. Aubameyang, protagonista da maior transferência de jogadores africanos - vendido pelo Borussia Dortmund ao Arsenal por 64 milhões de euros - fez uma grande época pelo Arsenal e ainda vai disputar a final da Liga Europa. Em 50 jogos oficiais, somou 31 golos e oito assistências. No apuramento para o CAN, o Gabão ficou no 3º lugar do grupo C, atrás de Mali e Burundi.
Foto: Reuters/S. Perez
Riyad Mahrez
O melhor jogador africano em 2016 continua em grande destaque na "Premier League". O argelino foi protagonista da maior transferência de um jogador africano - vendido pelo Leicester ao Manchester City, por 68 milhões de euros - e é agora detentor de dois campeonatos ingleses, por duas equipas diferentes. Esta época, pelo bicampeão Manchester City, fez 12 golos e 12 assistências em 43 jogos.
Foto: Getty Images/AFP/P. Utomi Ekpei
Moussa Marega
O avançado maliano do FC Porto destacou-se na Liga dos Campeões. Marega, de 28 anos, fez mais uma temporada com números redondos. Em 25 jogos oficiais, Marega marcou 21 golos e somou 11 assistências. Destaque para a campanha portista na "Champions", onde chegou aos quartos de final, eliminado pelo Liverpool. Marega somou seis golos e três asssitências em nove jogos. Há "ricos" atentos ao maliano.
Foto: Reuters/M. Vidal
Thomas Partey
O médio defensivo ganês é um dos principais "trincos" para o sistema defensivo do Atlético de Madrid. O estratega de 25 anos foi lançado por Diego Simeone, que não abida o ganês para o meio-campo do "Atléti". Prova disso são os 41 jogos oficiais esta época, onde somou três golos e seis assistências. Partey tem o passe avaliado em 50 milhões de euros.