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Desporto

FIFA aumenta Mundial para 48 seleções

Rui Almeida
24 de setembro de 2018

Gianni Infantino quer deixar marca como presidente da FIFA. O suíço que sucedeu a Joseph Blatter como líder da maior confederação desportiva do mundo pretende alargar o âmbito e o alcance das principais competições.

FIFA WM-Pokal
Ouro de 18 quilates, 36,1 cm de altura e 6,1 Kg de peso: a Taça do Mundo da FIFA.Foto: picture-alliance/Augenklick/Rauchensteiner

Uma das principais mudanças do seu mandato é o alargamento de 32 para 48 vagas nas fases finais de Campeonatos do Mundo, que deverão igualmente passar a ser organizadas por mais do que um país. Confrontado com atribuições polémicas dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar, Infantino quer transparência nos processos de escolha e o maior consenso possível em relação às futuras opções da Federação Internacional de Futebol (FIFA).

Três anfitriões pela primeira vez na história

O Mundial de 2026 terá, portanto, um novo figurino competitivo. Três países organizadores - o que sucede pela primeira vez na história de quase cem anos de prova - e 48 seleções presentes na fase final, o que permite a confederações continentais menos representadas garantir mais lugares e, por conseguinte, maior visibilidade internacional aos seus filiados.

Infantino procura consensos e retribui apoio no processo eleitoral.Foto: picture-alliance/TASS/A. Druzhinin

As atenções voltam-se para os Estados Unidos da América (EUA), o Canadá e o México, as nações da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas) que bateram Marrocos na corrida à organização do Mundial 2026.

Os EUA organizaram pela última vez a prova em 1994, enquanto o México já não a recebe desde 1986, e o Canadá é estreante na competição máxima da FIFA.

Africanos e asiáticos: os mais favorecidos 

A África e a Ásia são os continentes mais favorecidos pela nova distribuição de lugares disponíveis para cada confederação continental. A Confederação Africana de Futebol (CAF) passa a contar com nove seleções qualificadas, contra as cinco que atualmente a representam, enquanto a Ásia dobra os seus países (de quatro para oito nações na fase final).

Senegal foi uma das seleções africanas presentes no Mundial da RússiaFoto: Reuters/D. Gray

Dois continentes fundamentais no processo eleitoral que conduziu Infantino à liderança da FIFA veem, assim, retribuído o seu apoio ao atual presidente. Já a América do Sul, atualmente com quatro (ou cinco) representantes nas fases finais de Mundiais, altera o seu contingente para seis, passando a Oceânia a eleger diretamente uma seleção, quando, nesta altura, o seu qualificado tinha sempre de disputar um "play-off" intercontinental com o quinto classificado da Confederação de Futebol da América do Sul (CONMEBOL).

A Europa vê o número de equipas oriundas da União das Federações Europeias de Futebol (UEFA) aumentar de 13 para 16, ficando ainda por definir, para cada edição do Mundial, se os países anfitriões terão (ou não) de disputar a fase de qualificação.

16 cidades receberão Mundial 2026

Numa primeira fase, os três países organizadores do Mundial 2026 indicaram já um conjunto de cidades disponíveis para receber a competição. Pelo Canadá surgem na lista Toronto, Edmonton e Montréal, e pelo México Monterrey, Guadalajara e a Cidade do México. Quanto aos EUA, apresenta 17 propostas de costa a costa, com realce para Los Angeles, Miami, Nova Iorque, Boston e Washington. Porém, este é um processo que levará ainda algum tempo a concluir, sendo certo que apenas 10 cidades farão parte do lote final.

Serão formados 16 grupos de três seleções cada, com as duas primeiras classificadas a seguirem em frente para uma fase a eliminar, que se iniciará pelos 1/16 avos-de-final, seguindo-se os oitavos, quartos e meias-finais, até ao jogo decisivo. Portanto, e apesar do aumento de 50 por cento no número de equipas presentes na fase final, as formações que atingirem a final disputarão sete jogos, exatamente os mesmos que realizam no atual modelo da competição, que ainda se implementará em novembro e dezembro de 2022, no Mundial do Qatar.

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