A FIFA anunciou esta sexta-feira (24.07) a suspensão por 10 anos de funções relativas ao desporto de Manuel Nascimento, presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, devido a falhas na proteção de um homem atacado em massa.

Segundo o comunicado da FIFA, Nascimento "falhou em proteger a integridade física e mental do homem que foi vítima de um ataque em massa", documentado num vídeo, divulgado no Facebook, pelo que o dirigente terá também de pagar uma multa de 100 mil francos suíços (cerca de 93 mil euros).

O Comité de Ética da FIFA anunciou a suspensão a menos de um dia das eleições na federação guineense, nas quais Nascimento procura um terceiro mandato de quatro anos.

À DW África, Manuel Nascimento, que é também deputado do MADEM-G15, minimiza o castigo: "Imagina, a um dia das eleições e tornaram público este assunto. Estou tranquilo. Falei com o meu advogado e disse que tenho 60 dias para fazer o que temos por fazer".

A decisão da FIFA é passível de apelo para o Tribunal Arbitral do Desporto.

Nascimento defende-se

Sobre o vídeo divulgado na Internet, na base do veredicto do Comité de Ética, Nascimento explica que o homem seria "um ladrão, muito conhecido no país até pelos agentes da polícia, que foi apanhado. Um ladrão que, muitas das vezes, atua com violência. Eu a passar, e como deputado da nação, parei para saber o que se passava. Daí fiz a simulação com eles para queimar o tempo até chegar as autoridades:"

Sete candidatos disputam neste sábado a presidência da Federação de Futebol da Guiné-Bissau.

Artigo atualizado às 20:44 (CET) de 24 de julho de 2020 com as declarações de Manuel Nascimento.