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Guerrilheiros não têm motivos para voltar a "pegar em armas"

Lusa
29 de junho de 2024

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que os antigos guerrilheiros da RENAMO não têm motivos para voltar "a pegar em armas", porque a reintegração dos antigos combatentes "está a correr bem".

Filipe Nyusi
Foto: FILIPE AMORIM/AFP/Getty Images

"Não há motivos para alguém pegar em arma de novo, à espera de carro", na estrada para atacar, afirmou Filipe Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano referiu-se ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), durante um encontro com a comunidade moçambicana residente na Zâmbia, no âmbito de uma visita de Estado que realiza a este país da África Austral.

Os antigos guerrilheiros da RENAMO "já entregam as armas, foram desmobilizados, agora, estamos na fase de reintegração, que leva tempo, não acaba logo", declarou.

Os antigos combatentes, prosseguiu, estão a ser bem acolhidos pelas comunidades de reinserção, à exceção de casos isolados de “algum ruído”.

Ex-guerrilheiros a receber pensão

O presidente moçambicano assinalou que mais de 3.000 antigos guerrilheiros já estão a receber pensões, dos pouco mais de 5.200 contabilizados no âmbito do DDR.

Filipe Nyusi salientou que a prioridade na restauração da paz no país fez com que os antigos guerrilheiros fossem excecionalmente inscritos na segurança social, apesar de nunca terem descontado qualquer rendimento para este mecanismo.

“É verdade que a pensão é paga a alguém que trabalhava, mas encontramos uma fórmula”, sublinhou.

O chefe de Estado moçambicano avançou que falta a identificação de 900 antigos guerrilheiros para a regularização das suas pensões.

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