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Nyusi: "País procurou sempre reverter tendências negativas"

Lusa
1 de janeiro de 2022

Pandemia, economia nos PALOP e alterações climáticas estiveram em foco na mensagem de ano novo do Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi.

Mosambik Pemba | Filipe Nyusi
Foto: DW

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que o ano de 2021 foi de enormes desafios para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa face à pandemia da covid-19, considerando que o novo ano deve ser de esperança.

"Que seja um novo ano de esperança para todos nós, mas sobretudo um ano em que os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa continuem firmes a produzir e a desenvolver as suas economias", declarou Filipe Nyusi, falando a partir de Pemba, na província de Cabo Delgado, numa mensagem por ocasião do Ano Novo.

Para o chefe de Estado moçambicano, as restrições impostas pela pandemia da Covid-19 atrasaram vários planos do desenvolvimento entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e também em Portugal.

"Foi um momento que aprendemos a viver a proteger a saúde, tentando tornar esta vida também sustentável [...] Considero que foi a mesma realidade para todos os povos dos países falantes de língua portuguesa, como também para os nossos amigos de Portugal", frisou.

Alterações climáticas

Para o caso de Moçambique, prosseguiu Filipe Nyusi, a situação foi mais complexa, com cíclico impacto das mudanças climáticas.

"Em Moçambique, os desafios foram além disso e devido às mudanças climáticas tivemos problemas cíclicos, como a seca, chuvas, ventos e ciclones", acrescentou Nyusi, realçando, no entanto, que o país procurou sempre reverter as tendências negativas e superar os seus desafios.

Moçambique enfrenta anualmente chuvas e ciclones durante o período chuvoso, que decorre entre outubro e março.

Na época chuvosa 2020/2021 o país foi atingido por eventos climatéricos extremos, com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.

As intempéries provocaram pelo menos 96 mortes, afetaram 676.314 pessoas e causaram ainda 150 feridos, de acordo com dados do Governo.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) de sempre a atingir o país.

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