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Nyusi pede "máxima prontidão" face ao "silêncio do inimigo"

Lusa
29 de dezembro de 2020

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, congratula-se pelos avanços que as Forças de Defesa e Segurança estão a alcançar no combate aos insurgentes em Cabo Delgado, mas pede prontidão face ao "silêncio do inimigo".

Foto: Reuters/G.L. Neuenburg

"Há um ligeiro silêncio do inimigo, mas nós precisamos estar em máxima prontidão", declarou o chefe de Estado moçambicano, citado hoje pela Televisão de Moçambique.

Filipe Nyusi falava durante um encontro com um grupo de militares das Forças de Defesa e Segurança na segunda-feira (28.12), em Cabo Delgado.

Segundo o Presidente, os resultados das forças governamentais no teatro operacional de Cabo Delgado mostram um relativo avanço, mas isso não deve ser motivo para distração. "Não nos podemos distrair por causa do silêncio do adversário. Continuem firmes e não vacilem", frisou.

FDS abateram 37 terroristas

Na sexta-feira, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) disse que as Forças de Defesa e Segurança abateram um total de 37 terroristas e apreenderam 21 armas na última semana em Cabo Delgado.

Os resultados anunciados são consequência de operações do 7.º batalhão das Forças de Defesa e Segurança posicionado em Macomia, uma das regiões mais afetadas pelas incursões dos insurgentes, disse à comunicação social Bernardino Rafael, durante uma visita à sede daquele distrito localizado a 176 quilómetros da capital provincial de Cabo Delgado (Pemba).

A violência armada em Cabo Delgado começou há três anos e está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil deslocados, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo jihadista Estado Islâmico desde 2019.

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