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Filipe Nyusi "suaviza" estado de emergência no final do ano

Leonel Matias (Maputo)
17 de dezembro de 2020

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou as novas medidas do estado de emergência pública devido à Covid-19, que entram em vigor a partir do próximo sábado. Está prevista uma reabertura moderada da vida social.

Filipe Nyusi, Präsident von Mosambik
Foto: DW

Na sua comunicação à nação, por ocasião do fim do ano, Filipe Nyusi fez a atualização das medidas no âmbito do estado de emergência pública, que entrarão em vigor a partir deste sábado (19.12). Turismo, comércio, ensino escolar e a vida social são setores que sofreram uma "suavização" para o final deste ano de 2020.

"Para todos os passageiros que estejam a chegar ao país, o prazo para a apresentação do comprovativo de resultado negativo no teste à Covid-19, que tenha sido realizado no país de origem passa de 72 horas para 96", revelou.

Regresso da ativididade turística

O chefe do Estado moçambicano acrescentou ainda que "será retomada a emissão de vistos de fronteira para fins turísticos", sendo permitido que a tripulação e os passageiros dos navios cruzeiros de turismo possam abandonar a zona portuária, devendo observar "todas as medidas de protocolo sanitário para a Covid-19."

Vistos turísticos para tripulação e passageiros de cruzeiros.Foto: Hublot/AP Photo/picture alliance

Nyusi informou que para facilitar a movimentação dos passageiros nos postos de travessia de Ressano Garcia e Namaacha na província de Maputo, as autoridades vão coordenar com o governo sul-africano a reabertura do posto de travessia da Ponta de Ouro.

Mercados "ganham" uma hora de comércio

Nos eventos privados, o limite máximo de participantes passará de 40 para 50 pessoas, se forem realizados em espaços fechados ou semi-abertos. Este número poderá ser alargado até 150 pessoas, se forem realizados ao ar livre e desde que estejam garantidos o distanciamento social e observância das medidas de prevenção à Covid-19. O horário de encerramento dos mercados adia uma hora, das 17 para as 18 horas.

Mercados podem fechar uma hora mais tarde (das 17 para as 18 horas)Foto: DW/R. da Silva

No âmbito do ensino de forma condicionado, o Presidente, Filipe Nyusi, autorizou o regresso das aulas no ensino pré-escolar e no ensino primário e secundário no curriculum estrangeiro. A aplicação desta medida vai depender da evolução da situação epidiomiológica do país e das recomendaçoes do setor que superintende as áreas da saúde e pré-escolar.

Reabertura moderada da vida social

O chefe de Estado anunciou também outras medidas de relaxamento, nomeadamente, dos setores da área social e comercial. "É autorizada a prática do desporto em espaços abertos. Está também autorizada a reabertura de bares, barracas e quiosques no período que vai das 09 às 16 horas, de domingo a sexta-feira, sendo que às sextas-feiras e sábados, a abertura destes locais vai das 09 às 19 horas."

Bares podem abrir das 09 às 19 horas, às sextas-feiras e sábadosFoto: Luciano da Conseição

As medidas anunciadas esta quinta-feira (17.12) poderão ser alteradas em função da evolução da pandemia, possibilitando sempre o confinamento ou desconfiamento de uma determinada região.

Numa comunicação à nação por ocasião do fim do ano, Filipe Nyusi descreveu 2020 como um ano "verdadeiramente atípico”, como consequência dos ciclones que se abateram sobre o país, o impacto sanitário e económico da Covid-19, e a ação da violência armada no centro e norte do país.

Nos prós e contras, o chefe político realçou que o país deu seguimento ao processo de desarmamento, desmobilização e reintegração dos homens armados da RENAMO, o maior partido da oposição, e o início de um novo paradigma de governação descentralizada.

2021 traz esperança de recuperação económica

O Presidente disse ainda, que Moçambique espera entrar em 2021 com janelas de oportunidades que devem ser capitalizadas para dinamizar o setor produtivo e estimular a economia, nomeadamente, a recuperação da economia mundial. Internamente, tem esperanças numa gradual recuperação da atividade turística, para além do aumento da produção agrícola.

"Esperamos atingir em 2021, um crescimento económico de 2.1% e manter a inflação média anual num único dígito, em cerca de 5%", finalizou.

África vista de cima: Maputo durante a pandemia da Covid-19

01:21

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