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FLEC reivindica morte de militares angolanos

Lusa
6 de maio de 2023

Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) reivindicou hoje morte de três militares angolanos em resultado de operação realizada ontem na região de Buco Zau, na qual morreram ainda dois cidadãos brasileiros.

Angola Symbolbild Polizei in Cabinda
Foto: RainbowPress/Cameleon//abaca/picture alliance

Em comunicado de imprensa, assinado pelo chefe da direção das Forças Especiais das FAC, tenente-general João Cruz Mavinga Lúcifer, a FLEC afirma que os dois cidadãos brasileiros trabalhavam na Mineradora Lufo, que se dedica à exploração de ouro naquele enclave angolano.

"A FLEC-FAC lamenta a morte dos dois cidadãos brasileiros que acreditaram nas mentiras de Angola de que Cabinda é um território pacificado", salienta a organização separatista.

A concluir a nota, a FLEC "alerta mais uma vez todos trabalhadores estrangeiros em Cabinda que estão num território em guerra e todas as notícias de uma suposta pacificação de Cabinda, difundidas pelo Governo angolano, são mentiras políticas que põem em risco a vida de qualquer estrangeiro incauto no interior e nas cidades".

A principal praça de Cabinda, território rico em recursos naturais, como o petróleo (foto de arquivo)Foto: DW/B. Ndomba

Luta pela independência

A FLEC mantém há vários anos uma luta pela independência do território, de onde provém grande parte do petróleo angolano, alegando que o enclave era um protetorado português - tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885 - e não parte integrante do território angolano.

O Governo angolano recusa normalmente reconhecer a existência de soldados mortos resultantes de ações de guerrilha dos independentistas, ou qualquer situação de instabilidade naquela província do norte de Angola, sublinhando sempre a unidade do território.

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