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FMI propõe aumentar financiamento à Guiné-Bissau em 90%

Lusa
24 de agosto de 2023

Chefe de missão do FMI propõe aumento de 90% em financiamento à Guiné-Bissau, quase duplicando valor acordado no programa de apoio, que se situa em 36 milhões de dólares americanos.

Guinea-Bissau Großmarkt in Bissau
Foto: DW/B. Darame

O chefe da missão técnica do Fundo Internacional Monetário (FMI) para a Guiné-Bissau propõe um aumento de financiamento que quase duplica o valor acordado no programa de apoio financeiro, informou hoje o Governo do país africano.

Numa nota divulgada nas redes sociais, o Ministério das Finanças avançou que o chefe de missão do FMI, José Gijon, "prometeu solicitar ao conselho de administração aumentar 90% do valor da quota da Guiné-Bissau, que se situa em 36 milhões de dólares americanos [33 milhões de euros]".

O programa de ajuste financeiro foi acordado em janeiro deste ano, com um prazo de 36 meses e data prevista de conclusão para janeiro de 2026.

O Ministério da Economia e Finanças da Guiné-Bissau fez saber que o ministro Suleimane Seide, e a equipa da pasta que lidera, esteve hoje reunido por videoconferência com o corpo da missão técnica do FMI.

Este foi o primeiro encontro formal desde a tomada de posse do novo Governo chefiado por Geraldo Martins e resultante da coligação Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI)-Terra Ranka, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

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O encontro, como refere a nota ministerial, "serviu essencialmente para abordar a implementação do programa do FMI" de Facilidade de Crédito Alargado para a Guiné-Bissau.

O ministro das Finanças "expressou a determinação do atual Governo em respeitar os compromissos assumidos com o FMI", contudo, ressalvou que está em curso um Programa de Emergência nacional, a executar até dezembro, que "exige medidas excecionais para fazer face ao contexto do custo de vida no país".

De acordo com a informação do Ministério das Finanças, o chefe da missão técnica do FMI para a Guiné-Bissau, José Gijon, "alinhou-se ao Governo e prometeu solicitar ao conselho de administração do FMI" um aumento de financiamento que quase duplica o valor acordado.

Entre outros assuntos, foram também abordados, na reunião, as reformas e riscos fiscais das empresas públicas, nomeadamente da Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB).

O Ministério das Finanças guineense informou ainda que a missão técnica do FMI desloca-se à Guiné-Bissau de 27 de setembro a 02 de outubro para contactos, que começarão previamente em formato digital, entre 20 e 26 de setembro.

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