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G20: divergências e protestos marcam primeiro dia

Tainã Mansani | Lusa | EFE | DPA | Reuters
7 de julho de 2017

Líderes do G20 iniciaram cimeira debatendo temas já esperados. Do lado de fora do encontro, nas ruas, manifestantes e polícia entram em confronto.

Deutschland Hamburg - G20 Proteste
Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS/O. Messinger

Arrancou nesta sexta-feira (07.07), na cidade de Hamburgo, na Alemanha, a cimeira do G20 - o encontro das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. No primeiro dia do encontro, os líderes das principais economias do planeta debateram temas já esperados, como as mudanças climáticas e o comércio livre. O continente africano, o terrorismo e o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e Rússia, Vladimir Putin, também foram destaques.

Discursando no encontro, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu mais responsabilidade às economias mundiais. "Sabemos quais são os principais desafios globais. O tempo urge e, por isso, precisamos de soluções que só poderão ser encontradas se estivermos dispostos a aceitar um compromisso mútuo".

Angela Merkel no jantar do primeiro dia da cimeira do G20Foto: Reuters/A. Schmidt

Por outro lado, a ausência de Trump na discussão sobre o clima evidenciou as divergências dentro da cúpula, num sinal para a Presidência alemã sobre uma possível intenção dos norte-americanos de retirarem o tema da declaração do encontro.

Por sua vez, Merkel garantiu que a maioria dos países que integram o grupo das 20 maiores economias apoia o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas - do qual os EUA se retiraram - destacando o papel da Alemanha. "Temo-nos esforçado na busca de uma agenda comum sobre os temas do comércio livre, mas também das mudanças climáticas", afirmou.

A África e o terrorismo

G-20 /Hamburgo - MP3-Mono

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Sobre África, a chanceler alemã falou sobre a importância do continente, pedindo esforços mútuos para avanços na cooperação. "A Alemanha tem como foco a África porque, como europeus - e falando a partir da perspetiva europeia - a África é nosso continente vizinho. Temos que fazer o possível para avançar."

O terrorismo também esteve entre os temas debatidos, com destaque para os esforços da primeira-ministra britânica, Theresa May, que disse estar muito satisfeita pelo fato de a chanceler alemã receber os principais líderes mundiais para debater temas tão importantes. May destacou ainda a importância de debater financiamentos na luta contra o terrorismo.

Encontro esperado

Angela Merkel falou em interesses mútuos; a primeira-ministra britânica buscou esforços contra o terrorismo. Enquanto isso, o esperado encontro entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, acontecia pela primeira vez.

Vladimir Putin e Donald TrumpFoto: Getty Images/AFP/S. Loeb

A ocasião era muito aguardada, já que Donald Trump está sob pressão política, sobretudo após acusações de ingerência russa na campanha eleitoral nos EUA. O encontro durou cerca de duas horas e falou-se, entre outros temas, sobre os conflitos na Síria e Ucrânia.

Do lado de fora, os protestos

Enquanto os líderes do G20 se reúnem, já chegaram a Hamburgo cerca de 12 mil manifestantes para os protestos anti-globalização. Nesta sexta-feira, a polícia da cidade teve de pedir reforços a departamentos de polícia em outros estados alemães para conter os violentos protestos. Conta-se com mais de 19 mil polícias.

Ao início da tarde, o chefe da polícia de Hamburgo, Ralf Martin Meyer, anunciou pelo menos cem feridos. A polícia também confirmou 45 manifestantes presos.

Mais de 100 mil pessoas são aguardadas para a principal manifestação contra o G20, marcada para este sábado na cidade anfitriã da cimeira.

 

 

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