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Gestor da LAM será presidente de transportadora do Botsuana

29 de junho de 2025

Presidente da comissão de gestão da estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Dane Kondic, foi nomeado presidente do conselho de administração da companhia aérea do Botsuana, anunciou a transportadora do país.

Aeronave da LAM
Há vários anos que as Linhas Aéreas de Moçambique enfrentam problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentosFoto: Johannes Beck/DW

A companhia Air Botswana divulgou este fim de semana um comunicado anunciando os novos membros do conselho de administração, uma equipa liderada por Dane Kondic, presidente do conselho.

"A Air Botswana dá as boas-vindas ao seu novo conselho de administração. A sua nomeação marca um novo capítulo na trajetória da companhia aérea, que continua a sua jornada de serviço, resiliência e orgulho nacional", lê-se no anúncio da companhia aérea, consultado hoje pela Lusa.

Dane Kondic, 60 anos, tem dupla nacionalidade (Sérvia e Austrália) e, entre outros cargos em transportadoras aéreas de vários países, já foi presidente do conselho de administração da portuguesa euroAtlantic.

O Instituto de Gestão das Participações do Estado (Igepe) moçambicano anunciou em 13 de maio o afastamento da administração da LAM e a nomeação de uma comissão de gestão presidida por Dane Kondic.

Decisão

A decisão foi tomada em assembleia-geral extraordinária da LAM, no "âmbito do processo de revitalização" da companhia aérea estatal, avançando então com "efeitos imediatos" a cessação de funções de Marcelino Gildo Alberto, que era presidente do conselho de administração, e dos administradores Altino Xavier Mavile e Bruno Miranda.

Foi também aprovada a nomeação de um conselho de administração não executivo, composto por representantes das três empresas estatais que este ano passaram a ser acionistas da LAM, casos da Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (Emose).

A consultora Knighthood Global assumiu em maio que tem três meses para "estabilizar e reposicionar" a LAM, explicando então que foi "nomeada pelo Governo de Moçambique para ajudar a revitalizar" a companhia e "o setor da aviação em geral do país".

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Reestruturação

Também a LAM confirmou em maio, em comunicado, a contratação da Knighthood Global, explicando que "terá a responsabilidade de assessorar na reestruturação da base financeira", bem como "prestar suporte estratégico na avaliação, seleção e fornecimento de aeronaves adequadas às necessidades operacionais".

Há vários anos que as Linhas Aéreas de Moçambique enfrentam problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à deficiente manutenção das aeronaves.

O Presidente de Moçambique,Daniel Chapo, disse em 28 de abril que há"raposas e corruptos" dentro da LAM, com "conflitos de interesse" que impediram a restruturação da companhia em 100 dias da sua governação.

A companhia de bandeira moçambicana está no mercado para contratar até cinco aeronaves Boeing 737-700, processo conduzido pela Knighthood Global.

Num anúncio deste mês publicado pela Knighthood Global, consultada pela Lusa, a consultora de Abu Dhabi referia que estava mandatada pelos acionistas da LAM para receber propostas até 20 de junho para o fornecimento de "até cinco aeronaves Boeing 737-700 irmãs", de 120 a 140 assentos.

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