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Governo moçambicano prepara unidade policial contra raptos

Lusa
11 de maio de 2023

Primeiro-ministro de Moçambique, Adriano Maleiane, disse hoje no parlamento que o Governo está a reforçar a capacidade policial de luta contra crimes violentos, como os raptos.

Adriano Maleiane
Adriano MaleianeFoto: Roberto Paquete/DW

"As ações de capacitação institucional que temos vindo a implementar estão a ser determinantes para a polícia e o SERNIC [Serviço Nacional de Investigação Criminal] reforçarem cada vez mais as suas ações preventivas e de combate a diferentes tipos de crimes tais como raptos, assassinatos, tráfico de seres humanos, roubos, drogas, entre outros", referiu o primeiro-ministro de Moçambique.

Adriano Maleiane falava no discurso final da sessão de perguntas dos deputados ao Governo que começou na quarta-feira (10.05).

Combate a raptos

O primeiro-ministro detalhou que já foram selecionados os agentes que vão trabalhar na unidade que vai combater os raptos e que tem sido anunciada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

"A primeira fase, já finalizada", da criação da unidade de combate aos raptos, "consistiu na seleção dos agentes" e a etapa seguinte será a especialização do efetivo e contará com o apoio dos parceiros de cooperação, prosseguiu.

De acordo com o primeiro-ministro, a terceira fase "foi concebida para decorrer em paralelo com as outras fases e consiste na mobilização do equipamento técnico consentâneo, para dotar a unidade de maior capacidade operativa".

Adriano Maleiane assinalou na quarta-feira que a futura entidade deve estar à altura dos desafios operativos e investigativos impostos pelos raptos.

Enquanto decorre o processo para a institucionalização da unidade especializada, brigadas operativas específicas da Polícia da República de Moçambique (PRM) e do SERNIC estão empenhadas na luta contra aquele tipo de delitos. 

O primeiro-ministro avançou que, desde 2021, o país registou 28 casos de rapto, dos quais "15 casos foram totalmente esclarecidos, representando um nível de desempenho na ordem de 56,6%".

Em relação aos casos pendentes, as autoridades vão continuar as investigações, contando, para o efeito, com a cooperação internacional, declarou.

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