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EducaçãoAngola

Greve dos professores: Sindicato fala em 100% de adesão

Manuel Luamba
23 de novembro de 2022

Sindicato dos Professores Angolanos (SINPROF) diz que a paralisação é total, pelo menos nas escolas do centro da cidade de Luanda. Docentes reivindicam aumentos salariais e a reconversão da carreira.

(Foto de arquivo)Foto: António Ambrósio/DW

Segundo dados do Sindicato dos Professores Angolanos (SINPROF), a adesão à greve dos professores é de 100%. 

Os professores pedem melhores condições de trabalho, aumentos salariais e a reconversão da carreira docente – revindicações que, segundo o sindicato, estão pendentes há três anos.

Admar Jinguma, secretário-geral do SINPROF, afirma que, se até ao final desta paralisação, a 30 de novembro, o Ministério da Educação não ouvir os professores, a greve vai continuar uma semana depois. "Se, obviamente, continuar o braço de ferro, teremos uma outra fase que comprometeria o curso normal do presente ano letivo", adverte o sindicalista.

Admar Jinguma desconfia que o Ministério da Educação não tem vontade de dialogar. "Quando se chega a este extremo é porque quem tem a missão de resolver as questões reivindicadas pelos trabalhadores se está a marimbar para com estas questões", acusa o responsável do SINPROF.

Governo disponível

A ministra angolana da Educação, Luísa Grilo, defende que o seu Ministério está disponível para falar com o sindicato, embora reconheça que "há morosidade" na resolução das reivindicações dos professores.  

"Os nossos sindicatos sabem que nós temos as portas abertas e que o Ministério da Educação é a sua casa. Por isso, estamos a negociar, estamos disponíveis. O Executivo está aberto para resolver os problemas. Reconhece que há alguma morosidade, mas não é por falta de consideração, nem tão pouco por falta de interesse, mas é a complexidade dos problemas em questão", comentou.

Os alunos temem, no entanto, que se os professores e Governo não chegarem a um entendimento, as provas previstas para o princípio de dezembro sejam inviabilizadas.

É caso da aluna Antónia dos Santos: "Isso prejudica os alunos porque as coisas não se fazem em cima da hora", lamenta.

Artigo atualizado às 17h45 (UTC).

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