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Greve na Empresa Pública de Águas de Luanda mantém-se

Lusa
24 de dezembro de 2021

Greve dos trabalhadores da EPAL entrou hoje no seu segundo dia, depois de reunião inconclusiva entre administração, sindicato e ministro da Energia e Águas de Angola. Serviços mínimos estarão a ser assegurados.

Angola Luanda Wasserversorgungsunternehmen Epal Baustelle
Foto de arquivoFoto: DW/C.V. Teixeira

Em declarações à Lusa, o primeiro secretário sindical da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), António Martins, disse que o ministro João Baptista Borges afirmou não estar a substituir a administração e "apelou apenas ao consenso e diálogo contínuo entre as partes". 

O ministro "procurou aproximar as partes, garantiu que a necessidade de nomeação de um presidente do Conselho de Administração está a ser já diligenciada, o seguro obrigatório contra acidentes e doenças profissionais são de resolução imediata, tal como os salários e recomendou o diálogo", disse.

O pagamento regular dos salários, melhores condições laborais, assistência médica e seguro obrigatório contra acidentes de trabalho e doenças profissionais são algumas das reivindicações dos técnicos da EPAL, que cumprem hoje o segundo dia de greve. 

António Martins assinalou que a greve continua, mas alguns funcionários estão a assegurar os serviços mínimos de produção, captação, tratamento e distribuição de água na capital angolana, com cerca de oito milhões de habitantes. 

Segundo o sindicalista, os funcionários e a administração EPAL tiveram uma primeira ronda negocial na quarta-feira (22.12), em que "não houve consenso", apesar de já ter sido pago o salário de novembro e estava a ser processado o de dezembro. 

A greve "tem um bom nível de aceitação dos trabalhadores, se bem que estamos rigorosamente a cumprir os serviços mínimos, com atividades inadiáveis para a comunidade de Luanda", referiu. 

O primeiro secretário sindical da EPAL recordou ainda que existiram "situações anteriores à greve", que tiveram um "efeito negativo" na distribuição de água na capital angolana. 

"Por isso é que se regista a falta de água já há alguns dias em alguns bairros e água também com pouca qualidade. Tivemos algumas roturas que antecederam o período de greve em conduta de grande diâmetro e nem tudo decorre de os trabalhadores cruzarem os braços", justificou. 

Um novo encontro negocial está previsto para a próxima quarta-feira (29.12), mas o sindicalista disse estar disposto ao "diálogo sempre" que necessário.

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