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Guiné-Bissau: Ativistas libertados com restrições

DW (Deutsche Welle)
27 de maio de 2024

Os nove ativistas da Frente Popular detidos durante a manifestação popular de 18 de maio em Bissau foram hoje libertados.

Protesto em Bissau a 18 de maio contra o regime do Presidente Umaro Sissoco Embaló
Foto: DW

A informação da libertação dos ativistas guineenses foi avançada pela Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) após mais de sete horas de audição no Ministério Público.

Entre os ativistas agora em liberdade encontra-se o líder da Frente Popular, Armando Lona.

Segundo as informações disponibilizadas pela LGDR, foi aplicado aos ativistas o termo de identidade e residência, uma medida considerada leve.

Após ser libertado, Armando Lona mostrou-se combativo:

"Não cometemos nenhum crime, assumimos a nossa responsabilidade enquanto cidadãos guineenses que têm a Constituição acima de tudo," vincou.

"Em nome desses valores da República pelos quais decidimos lutar, não temos nenhuma encomenda. Estamos a assumir a nossa responsabilidade porque este país merece muito mais. Vamos continuar a defender a República com toda a humildade nos ditames constitucionais," garantiu.

Ainda segundo a LGDH, a organização pretende abrir um processo por considerar que o Estado sequestrou os cidadãos em causa.

Em reação, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse mais uma vez que não vai permitir desordem e que se façam "manifestações encomendadas" no país.

"As pessoas devem ter a noção de responsabilidade, a politica que se faz com a ética deontológica. Não se pode por nas ruas pessoas irresponsáveis e deixar as suas famílias sob proteção. Agora, o que não haverá neste país é a desordem. As pessoas devem ter respeito pelo povo que vota," afirmou.

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