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Guiné-Bissau: candidatos oficializam participação nas presidenciais

9 de fevereiro de 2012

Serifo Baldé, do partido jovem, Carlos Gomes Júnior, do PAIGC, e o independente Henrique Rosa oficializaram nesta quinta-feira (09.02) as suas candidaturas com vista às presidenciais de 18 de março na Guiné-Bissau.

São esperadas mais candidaturas para o lugar de Malam Bacai Sanha que faleceu no início deste anoFoto: picture-alliance/dpa

Dois dos três candidatos mais influentes do país depositaram esta quinta-feira (09.02), as suas candidaturas às eleições presidenciais antecipadas no Supremo Tribunal de Justiça da Guiné Bissau.

Carlos Gomes Júnior, o atual primeiro-ministro e presidente do PAIGC, partido no poder, foi o primeiro a entregar os documentos exigidos por lei à Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Silva Monteiro. Gomes Júnior chegou acompanhado de uma caravana composta por camiões, jovens com bandeiras do PAIGC e música, num clima de campanha eleitoral, embora oficialmente ela não tenha começado.

Uma hora mais tarde, foi a vez do empresário Henrique Rosa, antigo presidente da transição a depositar a sua candidatura como independente. Depois desta formalidade Henrique Rosa, voltou a destacar a sua palvara de ordem nesta corrida eleitoral: "Ou continuamos como estamos agora ou mudamos para ter uma Guiné melhor, mais próspera, de paz e estabilidade."


Na manhã desta quinta-feira (09.02), a União Europeia entregou à Comissão Nacional de Eleições, CNE, uma ajuda de emergência de 320 mil euros, um apoio que ainda não satisfaz as necessidades deste órgão.

Carlos Gomes Júnior, também conhecido por Cadogo, é um dos potenciais candidatos ao cargoFoto: DW

Fundos: CNE preocupada e governo tranquilo

Desejado Lima da Costa, presidente da CNE, mostrou-se preocupado com a situação: "O processo corre o risco de até o dia 21, sob ponto de vista financeiro, entrar no vermelho. E o governo assumiu a responsabilidade de encontrar uma solução"

E quem critica esta crise financeira que a CNE está a enfrentar é o candidadto Henrique Rosa: "É obrigação do governo pôr à disposição da CNE aquilo que ela precisa. Não sei onde estará a culpa, se na CNE por não pedir, ou no governo por não ter dado. "

Para o candidato independente o caso demonstra falta de democracia, e citamos "no pior dos casos falta de responsabilidade". Henrique Rosa diz-se preocupado pelo facto de cerca de cem mil jovens não poderem votar.

Por seu lado, Carlos Gomes Júnior, candidato do PAIGC, disse que a ministra da presidência, Adiato Djaló Nandigna, passa a assumir a chefia do governo. O primeiro ministro está certo de que vai vencer as eleições: "Só depois da vitória e empossamento é que terei um mandado para nomear um novo chefe de governo."

Relativamente à angariação de fundos para que a CNE possa realizar as eleições, o ainda primeiro ministro mostra confiante: "Estamos a programar e temos apoios anuanciados pelos países amigos."

O líder da oposição, Kumba Ialá, deve entregar a sua candidatura só na próxima semana. A CNE decidu prorrogar até a próxima quarta-feira (15.02) o prazo para as candidaturas por causa da greve dos sindicatos do setor da justiça que interrompeu o processo por três dias. Recorde-se que o prazo inicialmente marcado era sexta-feira (10.02)

A partir do dia 15 deste mês e até 9 de março os eleitores registados em 2008 vão receber os cartões para a votação. A Comissão Nacional de Eleições, CNE, entregou os cadernos eleitorais ao governo que vai iniciar na próxima semana a emissão da segunda via dos cartões aos eleitorai.

Autor: Braima Darame (Bissau)
Edição: Nádia Issufo/António Rocha
 

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