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Guiné-Bissau: CEDEAO anuncia retirada da ECOMIB

Lusa
8 de setembro de 2020

Face ao que avaliam como "progressos no funcionamento das instituições" guineenses, os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO decidiram retirar a força de interposição, ECOMIB, da Guiné-Bissau.

Fotografia de arquivo (2012)Foto: Getty Images/AFP/A. Balde

A decisão foi tomada na cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental  (CEDEAO), que se realizou na segunda-feira (07.09), em Niamey, no Níger.

"No que diz respeito à Guiné-Bissau, a conferência congratula-se com os progressos realizados no funcionamento das instituições, nomeadamente da Assembleia Nacional e do Governo. Consequentemente, decide retirar a missão da CEDEAO da Guiné-Bissau", refere-se no comunicado final da cimeira.

No comunicado, os chefes de Estado e de Governo agradecem também aos "países que contribuem com tropas e elementos da polícia pelos seus esforços a favor da estabilização" da Guiné-Bissau.

"Expressa também a sua gratidão à União Europeia pelo apoio multifacetado prestado à ECOMIB desde o seu destacamento, em abril de 2012", pode ler-se no comunicado.

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Os chefes de Estado e de Governo reafirmam o seu compromisso de apoio ao Governo da Guiné-Bissau para a realização da revisão da Constituição e da reforma do setor de segurança.

Decisão de Sissoco de retirar ECOMIB

As forças da ECOMIB foram acantonadas em março por decisão do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló. Um contingente do Togo, que reforçou a ECOMIB na altura das eleições presidenciais, abandonou a Guiné-Bissau no final de agosto.

A cerimónia oficial de saída da ECOMIB do país esteve marcada para a semana passada, mas foi adiada.

As forças da ECOMIB estão na Guiné-Bissau desde 2012 na sequência de um golpe de Estado militar e tinham como missão garantir a segurança e proteção aos titulares de órgãos de soberania guineenses.

Como surgiu a ECOMIB?

A ECOMIB foi autorizada em 26 de abril de 2012 pela CEDEAO. O objetivo da força de interposição era promover a paz e a estabilidade na Guiné-Bissau com base no direito internacional, na carta das Nações Unidas, no tratado da CEDEAO e no protocolo sobre prevenção de conflitos daquela organização.

Durante a cimeira, os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO abordaram vários temas, incluindo a pandemia provocada pelo novo coronavírus, a introdução da moeda única na organização, denominada Eco, e a situação política e de segurança na região.

Os chefes de Estado e de Governo elegeram também o Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, para assumir a presidência rotativa da CEDEAO.

  

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