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Guiné-Bissau e Cabo Verde atuam na prevenção ao coronavírus

Lusa | cvt
1 de fevereiro de 2020

Em Bissau, 15 agentes de saúde monitoram passageiros que desembarcam no Aeroporto Osvaldo Vieira. Cabo Verde reforçou vigilância nos pontos de entrada e preparou espaço de isolamento nas unidades de saúde.

Coronavirus
Foto: imago/Science Photo Library

O diretor-geral de Epidemiologia e Segurança Sanitária da Guiné-Bissau, Salomão Crima, disse este sábado (01.02) à agência Lusa que, devido ao coronavírus, o país iniciou o serviço de vigilância e de controlo de passageiros que estejam a entrar nos postos fronteiriços.

Uma equipa composta por 15 agentes de saúde foi destacada, para, em turnos, monitorar os passageiros que cheguem ao Aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, assinalou Salomão Crima.

Munidos de termómetros a laser, os técnicos tentam perceber se o passageiro está com temperatura corporal acima dos 37,7 graus, se tem tosse e ainda se apresenta dificuldades respiratórias. 

O passageiro que apresentar esse quadro é ainda submetido a um inquérito para determinar se, nos últimos 14 dias, esteve em viagem para uma das regiões do mundo onde foi declarada a existência do coronavirus ou se esteve num espaço físico com alguém infetado com a doença.

Controle da temperatura é uma das formas de identificar infetados pelo coronavírusFoto: Getty Images/AFP/H. Retamal

Em caso de suspeita e após os procedimentos, a pessoa será imediatamente isolada para a recolha das amostras vitais que serão encaminhadas ou para o laboratório do Instituto Pasteur no Senegal ou para o laboratório da Saúde Pública de Lisboa, indicou Salomão Crima.

"O Ministério da Saúde está a tentar arranjar, através de um parceiro, os reagentes para que passemos a fazer as análises no país", observou ainda Crima, adiantando que uma circular foi emitida pela ministra da Saúde, Magda Robalo, a informar as direções regionais sobre a necessidade de serem adotadas as mesmas medidas de controlo nos postos fronteiriços terrestres.

As regiões de Bafatá, leste, Cacheu, norte, e Tombali, no sul, são as zonas mais vulneráveis, tendo em conta a sua proximidade às fronteiras terrestres, segundo o diretor geral da Epidemiologia e Segurança Sanitária da Guiné-Bissau.

Guineenses na China

Nesta sexta-feira (31.01), o embaixador guineense na China, Malan Sambú, participou de uma conversa sobre a situação dos estudantes guineenses na cidade chinesa de Wuhan, por meio de vídeo transmitido ao vivo pela rede social Facebook.

O embaixador garantiu estar em contato permanente com as autoridades chinesas.

A Embaixada da Guiné-Bissau em Pequim divulgou um comunicado informando estar a "acompanhar de perto" a situação dos seus cidadãos na China e instou os mesmos, em especial os estudantes, a observarem "no rigor" as medidas de prevenção adotadas pelas autoridades do país asiático.

Aeroporto internacional na ilha de São VicenteFoto: DW/C. Vieira Teixeira

Prevenção em Cabo Verde

De acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira (31.01) pela Direção Nacional de Saúde (DNS) de Cabo Verde, foram reforçadas as medidas de vigilância "nos pontos de entrada no país, em todos os aeroportos internacionais, com a disponibilização de profissionais para seguir todos os passageiros provenientes do exterior".

"Com ações preventivas de deteção/triagem, encaminhamento de eventuais casos suspeitos e de aconselhamento", acrescenta a nota da DNS.

A DNS explica que "todas as estruturas de saúde já têm identificado um espaço de isolamento para responder a uma eventual situação de casos suspeitos" do coronavírus e que foram mobilizados materiais, equipamentos e consumíveis disponíveis no país.

Além disso, "procedeu-se à encomenda de um 'stock' para seis meses" junto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da empresa estatal de produção de medicamentos Emprofac.

Como se prevenir contra o coronavírus

01:05

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Balanço atual

A China elevou para 259 mortos e quase 12 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). 

Todas as novas 46 mortes ocorreram em Hubei, a província central da China que é o foco do surto que começou em dezembro.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira (30.01) uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional.

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