Guiné-Bissau e RD Congo no Conselho de Segurança da ONU
29 de junho de 2011Uma das prioridades a ter em conta para a Guiné-Bissau é, de acordo com o Conselho de Segurança, uma maior intervenção dos parceiros nacionais e internacionais para a estabilização da Guiné-Bissau o país seja uma realidade. Na sessão especial foi apresentado também o último relatório do Secretário-Geral sobre a situação da Guiné-Bissau, que destacou a importância da participação dos países de língua portuguesa no processo de estabilização. O Secretário-Executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, realçou sobretudo o “importante papel político e diplomático de Cabo Verde, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste” na promoção do diálogo com vista à reconciliação nacional na Guiné-Bissau. Simões Pereira disse ainda que o Governo angolano disponibilizou ao país 30 milhões de dólares.
Já o Brasil, lembrou o Secretário-Executivo da CPLP, está a desenvolver um programa de formação das forças de segurança da Guiné-Bissau, que inclui a criação de um centro que oferecerá cursos para a polícia de ordem pública, os serviços de informação do Estado e a polícia judiciária. Portugal, por seu lado, dirige um programa de formação básica da polícia, incluindo cursos de reciclagem de segurança pública e policiamento e judiciária bem como a formação de magistrados e agentes penitenciários.
MONUSCO permanece mais um ano na RD Congo
Já em relação à República Democrática do Congo, o Conselho de Segurança aprovou por unanimidade a prorrogação por um ano do mandato da missão de estabilização da ONU no País, MONUSCO. Um dos maiores focos será a ajuda na condução das eleições, previstas para o próximo mês de novembro. Será dado apoio técnico e logístico, como pedem as autoridades congolesas.
A MONUSCO é uma das maiores operações de manutenção de paz da ONU no mundo com cerca de 20 mil pessoas, que tem como missão proteger os civis e as vítimas da violência. De acordo com a Agência de Refugiados das Nações Unidas, contudo, só neste mês 170 mulheres foram violadas durante um ataque a uma aldeia do país.
Autoras: Cleide Klock (Nova Iorque)/Marta Barroso
Edição: António Rocha