Bissau inaugura equipamento para internet de cabo submarino
Lusa
28 de março de 2023
A Guiné-Bissau inaugurou hoje a infraestrutura por onde entrará a internet proveniente do cabo submarino internacional do consórcio ACE (Africa Coast to Europe), que liga a França a vários países africanos.
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A Guiné-Bissau inaugurou nesta terça-feira "as bases para a maior obra de infraestrutura nacional de telecomunicações", após concluídos os trabalhos da amarração ao cabo submarino iniciados em março de 2017, assinalou o vice-primeiro-ministro guineense, Soares Sambu.
A amarração ao cabo submarino internacional acontece a partir da localidade de Suru, no nordeste da Guiné-Bissau, e vai dar à estação de energia elétrica de Antula, nos subúrbios de Bissau, numa distância de 30 quilómetros.
De acordo com o vice-primeiro-ministro guineense, para que o cabo submarino, do qual o país receberá internet de banda larga, possa entrar em funcionamento falta construir o chamado 'backbone' - rede intermédia de transmissão de dados de telecomunicações.
Com aquela infraestrutura construída, Soares Sambu acredita que a Guiné-Bissau inaugura "um verdadeiro processo de transformação com base nas telecomunicações".
Nova infraestrutura
O ministro dos Transportes e Comunicações guineense, Aristides Ocante da Silva, defendeu que com a entrada em funcionamento da nova infraestrutura, após a construção da rede de distribuição interna de internet a ser fornecida pelo cabo submarino, "a Guiné-Bissau dará um passo decisivo para a economia digital e o próprio desenvolvimento" do país.
O projeto de amarração da Guiné-Bissau ao cabo submarino internacional da ACE foi financiado pelo Banco Mundial em 30 milhões de euros.
A representante da instituição na Guiné-Bissau, Anne-Lucie Lefebvre, afirmou que a infraestrutura hoje inaugurada permitirá ao país passar a ter maior conectividade de internet, ajudar a reduzir os custos daquele serviço no país, bem como alojar futuros equipamentos de telecomunicações.
O desafio agora, disse Lefebvre, é levar a internet de banda larga a todas as localidades da Guiné-Bissau e desta forma promover uma maior inclusão financeira da população.
O cabo submarino do consórcio ACE parte da França, atravessa todo o continente africano e é o primeiro a chegar a países como Guiné Equatorial, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Gâmbia, Libéria, Mauritânia, São Tomé e Príncipe e Serra Leoa.
Dia dos Oceanos: O plástico ainda é um grande inimigo
Descartado de forma inadequada, o plástico acaba muitas vezes no oceano. A DW andou por Maputo e encontrou vários exemplos disso. Uma exposição fotográfica alerta também para este problema.
Foto: Romeu da Silva/DW
Dia dos Oceanos
No dia 8 de junho, o mundo é chamado a pensar estratégias para defender os oceanos e melhorar a vida no planeta. Em Maputo, sacos e garrafas de plástico ainda são muito usados e, infelizmente, acabam no mar. Os ambientalistas explicam que garrafas como a que está na fotografia podem funcionar como uma espécie de armadilha mortal para muitos peixes.
Foto: Romeu da Silva/DW
Ronda pela praia
Numa ronda pela orla da Costa do Sol, a DW deparou-se com sacos, garrafas e pneus, mas também com um grupo de profissionais do município acompanhados de crianças a limpar a praia. No país, a consciencialização para a proteção ambiental acontece em várias frentes...
Foto: Romeu da Silva/DW
Arte e consciencialização
... A consciencialização ambiental é o foco desta exposição fotográfica do artista Anésio Manhiça, em Maputo. Através das suas fotos, o fotógrafo retrata o uso do plástico na sociedade moçambicana e, de forma crítica, mostra como esse material pode ser um perigo para os oceanos.
Foto: Romeu da Silva/DW
Falésias de plástico
Nesta imagem presente na exposição, Anésio Manhiça mostra um dos últimos destinos dos sacos de plástico, numa das falésias no oceano Índico. Uma imagem que pode também ser vista numa exposição do artista na cidade de Maputo.
Foto: Anésio Manhiça
Residência do plástico
Nesta imagem da exposição fotográfica também se vê um saco plástico preso em algumas pedras que protegem os oceanos. Esta sacola parece estar neste local há algum tempo apenas pela perda da sua cor.
Foto: Anésio Manhiça
Educar os pequenos
As crianças são cada vez mais chamadas a preservar o meio ambiente. Esta é mais uma imagem de Anésio Manhiça que retrata esse incentivo que muitas organizações têm promovido em Moçambique. Cuidar dos oceanos é também envolver os pequenos em atividades educativas como esta.
Foto: Anésio Manhiça
Descarte propositado?
De volta à praia da Costa do Sol, encontrámos este pneu, que certamente foi deixado de propósito no local por um ser humano, violando as leis e colocando em risco a natureza. Infelizmente, a poluição dos oceanos vai muito além dos sacos e garrafas de plástico.
Foto: Romeu da Silva/DW
Lixo perto da praia
Ecossistemas como os mangais são importantes para a vida marinha, mas também não têm escapado à poluição. No bairro Triunfo, na avenida da Marginal, encontrámos esta pequena lixeira junto à floresta dos mangais, onde jazem sacos de plástico.
Foto: Romeu da Silva/DW
Descarte adequado do lixo
Com objetivo de evitar a poluição do ambiente, várias empresas juntaram-se para disponibilizar estes contentores na praia da Costa do Sol. Eles são usados para recolher garrafas de vidro ou de plástico e outros tipos de lixo que podem pôr em perigo a vida dos oceanos.
Foto: Romeu da Silva/DW
Travar a degradação do ambiente
Há uma tentativa das autoridades municipais e organizações de defesa do meio ambiente para travar o avanço da degradação do meio ambiente. Nesta imagem, o castanho que se vê na rampa é a mistura de lixo plástico e folha seca das casuarinas.
Foto: Romeu da Silva/DW
Aviso para o bom uso das praias
Esta é uma mensagem do município de Maputo para tentar dissuadir os cidadãos de deitar lixo para o chão. No pico do verão, os utentes da praia deixam diversos detritos que põem a imagem de Maputo no rótulo das cidades mais sujas do país. Com este aviso e outras ações, muita coisa mudou. Mas é preciso mais.