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Mulheres do PAIGC pedem apoio ao PR para realizar congresso

Lusa
2 de abril de 2022

Um grupo de mulheres do PAIGC, liderado por Teodora Inácia Gomes, pediu ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, para ajudar o partido a realizar o décimo congresso, envolto em polémica judicial.

Guinea Bissau PAIGC  Parteizentrale 2010
Foto: Moussa Balde/epa/picture alliance

O grupo, liderado pela veterana da luta armada pela independência da Guiné-Bissau, Teodora Inácia Gomes, reuniu-se esta sexta-feira (01.04) com Umaro Sissoco Embaló, "enquanto garante da estabilidade” do país para que ajude a realização do congresso, marcado e adiado por três vezes.

Em declarações aos jornalistas à saída da audiência, Inácia Gomes afirmou que o encontrou serviu para "lamentar perante o Presidente da República” os incidentes na sede do PAIGC, nos dias 18 e 19 de março, quando a polícia dispersou os militantes do partido com recurso a granadas de gás lacrimogéneo.

A polícia disse, na altura, que estava a fazer cumprir uma ordem judicial que impedia a realização de reuniões na sede, em decorrência de uma providência cautelar intentada contra o partido por um alegado militante que se considera injustamente afastado do congresso.

Grupo do PAIGC esteve reunido com o Presidente guineense, Umaro Sissoco EmbalóFoto: Alui Embalo/AFPTV/AFP/Getty Images

"Sede do PAIGC é a casa da Guiné-Bissau"

 "Viemos dizer ao Presidente que aquela sede é a casa da Guiné-Bissau não é só do PAIGC. Porque todos os Combatentes da Liberdade da Pátria vão descansar naquela casa quando se deslocarem ao centro de Bissau. A forma como foi tratada aquela casa nestes dias, largar uma granada de gás lacrimogéneo dentro da sede é um crime”, observou Teodora Inácia Gomes.

Os militantes do PAIGC ficaram por cerca de dez dias sem ter acesso à sede, situação levantada na passada segunda-feira.

Teodora Inácia Gomes referiu ainda que a sua delegação pediu a Umaro Sissoco Embaló que ajude o partido a realizar o congresso.

"Dissemos ao Presidente que graças a Deus conseguimos voltar à sede do partido, mas agora queremos realizar o nosso congresso, estamos em democracia desde 1994, que foi aceite que a Guiné-Bissau é uma democracia. Temos o direito de realizar o nosso congresso como outros partidos”, notou a dirigente do PAIGC.

Umaro Sissoco Embaló prometeu que vai inteirar-se sobre o que se passou na sede do partido e exortou as veteranas do PAIGC a procurarem a Presidência da República sempre que tiverem qualquer preocupação, disse Teodora Inácia Gomes.

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