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Criminalidade

Guiné-Bissau: ONU preocupada com tráfico e crime organizado

Lusa
8 de setembro de 2018

Conselho de Segurança manifesta preocupação com narcotráfico e crime organizado e pede reforço do apoio internacional. Sobre as Forças Armadas, ONU elogia postura de "não-interferência na política nacional".

Symbolbild UN-Sicherheitsrat
Foto: picture-alliance/dpa/A. Gombert

"Os membros do Conselho de Segurança reiteraram a sua preocupação com a questão do narcotráfico e o crime organizado transnacional na Guiné-Bissau", pode ler-se num comunicado divulgado na sexta-feira (7.09) por aquele órgão das Nações Unidas.

O comunicado foi emitido depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter debatido, a 30 de agosto, a situação na Guiné-Bissau, com a presença do primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes. 

O Conselho de Segurança apelou também para uma "cooperação e apoio internacional reforçados naquela área", coordenada pelas entidades da ONU no país, e para uma maior presença do Escritório das Nações Unidas para a Droga e Crime (UNODC) no terreno.

Sobre as Forças Armadas guineenses, o Conselho de Segurança referiu estar satisfeito com o "profissionalismo" demonstrado e pela "não-interferência na política nacional e assuntos judiciais".

Levantamento de sanções?

Em maio de 2012, na sequência de um golpe de Estado na Guiné-Bissau, o Conselho de Segurança da ONU aplicou sanções a 11 oficiais guineenses envolvidos na alteração da ordem constitucional.

Primeiro-ministro guineense, Aristides GomesFoto: DW/B. Darame

No Conselho de Segurança, realizado em Nova Iorque na semana passada, o presidente do Comité de Sanções das Nações Unidas, Anatolio Ndong Mba, recomendou que a lista de sancionados fosse revista, tendo em conta a atual situação no país e a evolução dos acontecimentos.

"A situação de segurança é estável sem nenhum episódio violento relevante, o exército não interfere na política e, em geral, respeitam-se os direitos humanos. Existe, contudo, uma grande preocupação com atividades relacionadas com crime transnacional e tráfico ilícito", afirmou no encontro o diplomata da Guiné-Equatorial.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, afirmou que as sanções impostas aos militares guineenses podem ser levantadas depois do ciclo eleitoral no país, que termina em 2019.

"Há possibilidade das sanções serem levantadas, mas já há uma decisão nesse sentido. Portanto, a análise será atualizada depois das eleições", disse Aristides Gomes no aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, depois de ter regressado ao país proveniente de Nova Iorque.

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