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"Dirigentes não tomaram posse por lapso de comunicação"

Lusa
11 de junho de 2022

Comissão política do PRS afirma que alguns dirigentes do partido não tomaram posse nesta sexta-feira (10.6) no novo Governo da Guiné-Bissau "por lapso de comunicação", sem, no entanto, esclarecer a que se referia.

Sitz PRS - Partei von Guiné-Bissau
Foto: DW/B. Darame

Ao final de uma reunião da comissão política do Partido da Renovação Social (PRS), que decorreu na antiga sede do partido, em Bissau, e que durou cerca de quatro horas, o porta-voz Raimundo Yalá explicou que "alguns dirigentes do partido não tomaram posse por lapso de comunicação", sem, contudo, dizer a que se referia concretamente.

Fernando Dias, presidente em exercício do PRS, que tinha sido indicado para a pasta de ministro dos Recursos Naturais, Mário Fambé, um dos vice-presidentes do partido, nomeado ministro da Energia, e Tcherno Djaló, outro vice-presidente que ia ocupar o ministério da Educação, não estiveram presentes na cerimónia de tomada de posse que decorreu na Presidência da República.

No final da cerimónia, os três dirigentes do PRS foram exonerados dos cargos pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Novo Governo guineense tomou posse esta sexta-feira (10.6).Foto: Iancuba Dansó/DW

Demais membros

Os restantes sete membros do PRS, dois ministros e cinco secretários de Estado assumiram os cargos ao tomarem posse.

"Devo dizer que o partido acompanhou o Presidente Embaló desde os primeiros momentos até agora", afirmou Yalá, para adiantar que o PRS "sempre reiterou a sua posição de continuar no Governo".

O porta-voz disse ainda que a reunião de ontem voltou a manifestar aquela posição, daí que o partido "congratula-se com os seus membros que tomaram posse", ainda que "alguns não o tenham feito", afirmou.

Raimundo Yalá defendeu que "na política há sempre saídas" para quaisquer situações, pelo que, afirmou, "brevemente haverá uma solução" para os três elementos nomeados e que foram, entretanto, exonerados por Umaro Sissoco Embaló.

"Corrigir a situação"

"O partido vai entabular os contactos com vista a corrigir essa situação. Não posso confirmar o que vai acontecer, mas vai depender da dinâmica do diálogo no processo das negociações", observou o porta-voz do PRS.

Uma fonte do partido disse à Lusa que o partido vai dirigir uma carta ao chefe de Estado manifestando a sua disponibilidade de ocupar as três pastas dos seus dirigentes exonerados.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.Foto: Alui Embalo/AFPTV/AFP/Getty Images

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, nomeou quinta-feira (09.11) 23 ministros e 12 secretários de Estado para o novo Governo do país, de iniciativa presidencial, após ter dissolvido em maio o Parlamento e marcado legislativas para 18 de dezembro.

O novo Governo que tomou posse nesta sexta-feira é, tal como o anterior, constituído por elementos do PRS, do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) e pela Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), liderado pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, que foi reconduzido no cargo.

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